Apolo foi um deus presente na mitologia grega, sendo um dos deuses mais respeitados e adorados na Grécia Antiga. Ao longo do tempo, o culto a ele se modificou, e ele foi ficando conhecido como deus do Sol. Existiam dois importantes templos para esse deus na Grécia. Ele era conhecido como filho de Zeus e era irmão gêmeo de Ártemis.
Acesse também: Mitologia nórdica – principais registros e figuras dos mitos nórdicos
Tópicos deste artigo
Conhecendo o deus Apolo
Apolo foi um deus presente na mitologia grega e um dos deuses mais venerados no período da Grécia Antiga. Ele era conhecido como deus do Sol, da luz, da música, da medicina, das artes, da profecia e como um deus atlético e possuidor de ótimos dons para tocar lira e manejar o arco e flecha.
Esses dois objetos, inclusive, eram importantes símbolos desse deus, assim como a coroa de louros e o corvo. Apolo também estava presente na mitologia romana, e nessa mitologia ele manteve o mesmo nome.
Um dos seus atributos mais conhecidos é o fato de ele ser o deus do Sol, mas estudiosos apontam que essa característica só foi introduzida no culto de Apolo em um momento tardio da história da Grécia Antiga. Foi apenas no Período Helenístico que se consolidou essa imagem de Apolo.
Em períodos anteriores, como o Homérico, a crença em Apolo enxergava-o apenas como deus das artes, música e medicina. Nesse período também se acreditava que Apolo era o responsável pelas mortes súbitas, então, caso uma pessoa morresse subitamente, falava-se que ela tinha sido atingida por uma flecha invisível dele.
Os estudos clássicos apontam que dois lugares na Grécia possuíam importantes templos de adoração desse deus. Um dos templos estava localizado em Delfos e foi construído por volta de 650 a.C. O outro templo ficava na ilha de Delos, e acredita-se que tenha sido construído por volta de 700 a.C.
Origem do deus Apolo
Na mitologia grega, narra-se que Apolo era filho de Zeus e Leto, uma deusa ou titânide, de acordo com diferentes versões do mito. Apolo era irmão gêmeo de outra importante deusa grega: Ártemis. O nascimento dos dois foi complicado porque Leto teve de enfrentar a fúria de Hera, deusa que era a esposa de Zeus.
Isso porque Zeus acumulava casos extraconjugais e Hera era muito ciumenta. Seu caso com Leto deixou Hera furiosa, e esta usou tudo ao seu alcance para punir a amante. Hera proibiu que a Mãe-Terra, Gaia, permitisse que o parto de Leto acontecesse em qualquer solo que estivesse ligado ao planeta.
Leto foi expulsa de todos os lugares pelos quais passava justamente pela proibição de Hera a Gaia. Para ajudá-la, Poseidon, deus dos mares, decidiu criar uma ilha flutuante, que não estava ligada à Terra. Essa ilha ficou conhecida como Delos. Além disso, Ilícia, a deusa dos partos, também foi proibida de permitir que Leto desse à luz, e ela ficou por dias sofrendo as dores do parto.
No entanto, Ilícia desobedeceu à ordem de Hera, e as duas crianças, Apolo e Ártemis, nasceram. O mito também diz que Apolo foi alimentado com néctar dos deuses e ambrosia e que, logo após comer a ambrosia, transformou-se em um homem adulto.
Apolo e Píton
Como vimos, o parto de Leto foi muito atribulado, e um dos grandes desafios dela foi a serpente Píton, enviada por Hera exclusivamente para matá-la, e, por isso, ela precisou fugir constantemente dessa serpente. Quando Apolo se tornou adulto, vingou-se de todo o sofrimento pelo qual Píton fez sua mãe passar.
A serpente residia no monte Parnaso, e, em certo momento, ela e Apolo se encontraram. Apolo tinha grande habilidade com o arco e flecha, e foi com esse instrumento que ele matou a serpente. Apolo lançou-lhe três flechas fatais, e ela faleceu. Depois disso, um templo foi construído para Apolo porque a população local ficou grata pela morte da serpente.
Acesse também: Religião na Grécia Antiga – características e principais figuras
Relações amorosas
Apolo teve inúmeros pares, mas os mitos mais conhecidos narram a respeito das histórias de amor frustradas desse deus grego. Uma das histórias fala de Dafne, uma ninfa por quem Apolo esteve perdidamente apaixonado. A paixão por Dafne começou de uma vingança de Eros contra Apolo, porque o deus do Sol teria zombado de Eros quando ele manejava um arco e flecha.
Eros então atirou uma flecha dourada em Apolo, e isso o fez apaixonar-se pela ninfa Dafne. A ninfa, por sua vez, foi atingida por uma flecha de chumbo, que fez com que ela tivesse aversão a todos que se apaixonavam por ela. Assim, Apolo se apaixonou por alguém que o desprezava.
Dafne não suportava a presença de Apolo e rejeitava todas as investidas que ele fazia. Em certo momento, ela se cansou das investidas e pediu para Peneu, seu pai, que fosse transformada em outro ser. Imediatamente ela tomou a forma de um loureiro, e Apolo, vendo a nova forma de Dafne, imediatamente tomou um grande apreço por essa árvore.
Outro mito conta a história de amor de Apolo por Jacinto, um homem comum. Ele apreciava bastante a companhia de Jacinto, e os dois passavam muito tempo juntos. No entanto, Zéfiro, o deus do vento oeste, era apaixonado por Jacinto e tinha ciúmes da relação dele com Apolo. Então decidiu vingar-se de Apolo matando Jacinto quando os dois praticavam lançamento de disco. Zéfiro fez com o vento oeste lançasse o disco contra a cabeça de Jacinto, levando-o à morte.
Houve também uma história de traição. Apolo apaixonou-se por uma mulher chamada Corônis, com quem teve um romance. Ela, no entanto, traiu-o com um homem chamado Ischys. A notícia da traição foi dada a Apolo por um de seus corvos, e o deus do Sol se enfureceu. Ele se vingou ao matar Ischys, e sua irmã, Ártemis, matou Corônis.