O polietileno é um polímero de adição utilizado para fazer vários recipientes, revestimentos de fios e cabos, brinquedos, garrafas e outros objetos de plástico.
Sua maior fonte de obtenção são reservas fósseis de petróleo. Ele é preparado por meio da polimerização de moléculas de etileno ou eteno. Sendo que essas reações podem ser iniciadas de diferentes maneiras, porém, a mais comum consiste na utilização de pequenas quantidades de compostos orgânicos que produzem radicais livres do tipo RO∙.
De acordo com o que pode ser visto na reação a seguir, esse radical reage com o etileno, produzindo uma nova estrutura, que se liga a outra molécula de etileno, produzindo um novo radical que também se liga a outra molécula de etileno, e assim sucessivamente:
H H H H H H H H H H
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RO∙ + C ∙═∙ C → RO∙─∙ C ─ C∙→ RO ─ C ─ C ─ C ─ C─ C ─ C∙
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H H H H H H H H H H
Conforme dito, a fonte de obtenção desse polímero não é renovável. Entretanto, no Brasil está sendo produzido o denominado “plástico verde”, que é o polietileno obtido a partir do álcool etílico (etanol) da cana-de-açúcar, isto é, uma fonte renovável.
Para a sua produção, primeiramente se faz uma desidratação intramolecular do etanol para produzir o eteno:
Posteriormente, o eteno sofre polimerização, formando o polietileno:
O esquema abaixo mostra as etapas necessárias para a produção do plástico verde:
Esse polímero é idêntico ao polietileno normal e ainda apresenta o enorme benefício de ser de fonte renovável, enquanto que o petróleo é uma fonte finita e cujo processamento não apresenta nenhum benefício ambiental. Ele não é biodegradável, porém é denominado de plástico verde porque enquanto o petróleo joga uma enorme quantidade de carbono na atmosfera - principalmente o gás carbônico (CO2) que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento da Terra e do efeito estufa, a cana-de-açúcar retira o gás carbônico da atmosfera para se desenvolver, pelo processo da fotossíntese.
No entanto, o que seria uma melhoria, a princípio, pode representar também um problema, pois muitos questionam o fato de as plantações de cana-de-açúcar no Brasil já possuírem uma grande utilização, tanto para a produção de açúcar como para a produção de álcool. Assim, precisaria de uma expansão dessa monocultura, o que levaria à ocupação de áreas que poderiam estar sendo utilizadas para a produção de outros alimentos.
Todos esses fatores devem ser levados em consideração para que o meio ambiente não saia prejudicado de uma forma ou de outra.