Atualmente, os combustíveis mais utilizados em todo o mundo (cerca de 95%) são os combustíveis fósseis, como o carvão e os derivados de petróleo (gasolina, óleo diesel, entre outros).
Visto que são originados da decomposição de organismos vivos, eles contêm algumas impurezas em sua constituição, como substâncias com átomos de enxofre. Portanto, quando são queimados para gerar energia, eles liberam para a atmosfera gases poluentes responsáveis por graves problemas ambientais, como as chuvas ácidas e o aquecimento global, pois potencializam o efeito estufa natural.
Além disso, a demanda de produção de energia não para de crescer em todo o mundo e os combustíveis fósseis são uma fonte finita, limitada e não renovável de energia. Sem contar que as maiores fontes de petróleo estão situadas em lugares instáveis em sentido político e econômico, o que acaba resultando em grandes oscilações no preço de seus derivados e no risco de colapsos devido à falta de energia.
Devido a esses e outros motivos, tem se tornado cada vez mais importante o estudo de novas fontes de energia e é aí que entram os biocombustíveis.
A biomassa apresenta uma infinidade de matérias-primas que podem ser aproveitadas para a geração de energia. O Brasil é especialmente privilegiado nessa questão, pois temos uma diversidade de plantas e vegetais que podem ser utilizados para essa finalidade, tais como mamona, girassol, soja, amendoim, algodão, colza, dendê, macaúba, babaçu, buriti, pinhão manso e muitos outros.
As principais vantagens dos biocombustíveis são que eles são uma fonte renovável de energia, isto é, não se esgotam, e o mais importante é que sua queima produz bem menos gases e partículas poluentes que os combustíveis fósseis, principalmente no que tange à diminuição das emissões de gás carbônico (CO2). Sendo assim, o impacto ambiental é minimizado.
Os biocombustíveis mais usados no Brasil são o etanol e o biodiesel, mas veja a seguir esses e outros tipos de biocombustíveis produzidos e já utilizados atualmente:
- Etanol: Açúcares fermentados (glicose, amido, celulose etc.), provenientes principalmente da cana-de-açúcar, são sua matéria-prima, mas também há outras fontes, como o milho, beterraba, suco de frutas, cevada, arroz e batata. Para mais detalhes, leia o texto: “Álcool Combustível ou Etanol”;
- Biodiesel: Conforme dito no texto “Biodiesel”, esse biocombustível é proveniente da esterificação e transterificação de plantas oleaginosas, gordura animal e óleo de fritura;
Matérias-primas do biodiesel (soja, girassol e mamona)
- Biogás: Obtido pela fermentação anaeróbica de todo tipo de biomassa, como o lixo presente em aterros sanitários. Sua composição química é basicamente constituída de hidrocarbonetos leves. Veja o texto “Biogás”;
- Biogás de síntese: Seu processo de obtenção é a gaseificação de biomassa em geral e sua composição é a mistura de vários gases, especialmente CO e H2;
- Carvão vegetal: É um combustível barato, abundante e renovável, obtido por meio da combustão incompleta da madeira ao se controlar a entrada de oxigênio;
- Bio-óleo: Sua fonte de obtenção é o craqueamento ou hidrocraqueamento de óleos e gorduras, resultando numa mistura de hidrocarbonetos e compostos oxigenados;
Mas, surge então uma questão: Será que os biocombustíveis são mesmo totalmente limpos e não trazem nenhum impacto ambiental negativo?
Para responder a essa pergunta, leia o texto: “O Biocombustível é mesmo um combustível limpo?”