O gasogênio, também chamado de gaseificador, é um equipamento onde se queima de forma controlada lenha, carvão ou resíduos agrícolas, tais como bagaços de cana, cascas de frutos e sabugos de milho, e se obtém uma mistura gasosa que funciona como combustível.
Essa mistura gasosa depende do tipo de material do qual foi gerado, da sua constituição química e da umidade. Mas, de forma geral, apresenta a seguinte composição:
Essa mistura gasosa costuma ser chamada de “gás pobre”, porque dentre esses gases apenas o monóxido de carbono, o hidrogênio e o metano atuam como combustíveis e suas matérias-primas apresentam um baixo poder calorífico, principalmente quando comparados ao poder calorífico dos combustíveis derivados do petróleo, como o óleo diesel e a gasolina:
Apesar desses inconvenientes, o gasogênio foi muito utilizado no Brasil na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), porque nesse período houve um racionamento do uso da gasolina, obrigando os brasileiros a encontrar alternativas de combustíveis.
Para facilitar o uso do gasogênio em motores à explosão de tratores, automóveis e instalações fixas e semifixas, no ano de 1940 o presidente Getúlio Vargas baixou um decreto que resultou na instituição da Comissão Nacional do Gasogênio.
O gasogênio é de fácil instalação em automóveis, mas em caminhões é necessário fazer ajustes para adaptá-lo ao veículo e para que não ocorra perda de potência.
Em razão de alguns inconvenientes da sua utilização, com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os combustíveis derivados do petróleo passaram a ser utilizados e atualmente o gasogênio é utilizado quase que unicamente na agricultura. Veja por que lendo o texto Aplicação do Gasogênio na Agricultura.
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