O fósforo é um elemento químico de número atômico igual a 15 e cujo símbolo é P, pois o seu nome vem do latim Phosphorus (phos, que significa “luz”; e phorus, “o que dá”, isto é, seu nome significa “o que dá luz”). Esse nome foi dado pelo seu descobridor Hennig Brand, porque esse elemento brilhava no escuro e também se inflamava por vezes até espontaneamente, liberando vapores brancos.
A descoberta do fósforo, que ocorreu em 1669, foi um marco na história da Química, pois além de ser o primeiro elemento descoberto desde a Idade Média, o fósforo foi também o primeiro elemento descoberto que não existia na forma isolada na natureza (com exceção de meteoritos ocasionais).
A forma como Brand isolou o fósforo também foi um tanto excêntrica: ele pegou 50 baldes de urina, deixou evaporar e putrefazer-se até que surgiram vermes, ferveu esse resíduo, deixou-o alguns meses no porão e viu que fermentou e ficou preto. Ele pegou então esse resíduo preto e destilou-o com ureia em uma retorta que tinha sua extremidade mergulhada na água. Assim, ele obteve uma substância pegajosa e transparente, que, ao ser retirada da água, era o fósforo isolado.
Com o tempo, outros métodos menos repulsivos de produção de fósforo foram descobertos. Por exemplo, ele pode ser obtido através de seus minerais, que são chamados de fosfatos. Atualmente, nas indústrias, a sua produção costuma ser feita em fornos elétricos, aquecendo-se uma mistura de rocha de fosfato natural, coque e pedaços de sílica. Entre os produtos está o fósforo em vapor, que é resfriado e obtido na forma líquida ou como sólido, sendo guardado na água para evitar que se inflame espontaneamente em contato com o ar.
Ele é o 12º elemento mais abundante na crosta terrestre. Entre os principais minerais fosfatados estão a apatita, a wavelita (imagem abaixo) e a vivianita.
Em 1855, o fósforo passou a ser usado nos primeiros palitos de fósforo. No entanto, o fato de haver fósforo na cabeça dos palitos (na verdade, o composto P4S3) representava um perigo, pois dentro da caixinha eles podiam atritar-se e pegar fogo. Por isso, atualmente, ao contrário do que alguns imaginam, o fósforo não vem na cabeça dos palitos, mas sim do lado de fora da caixinha que os contém.
O fósforo que é encontrado na parte áspera da caixa é uma das formas alotrópicas mais comuns do fósforo, que é o fósforo vermelho, cuja estrutura é indeterminada, mas existem evidências de que ele se trata de macromoléculas formadas pela ligação de estruturas tetraédricas (P4), sendo representadas por Pn.
O fósforo contém várias formas alotrópicas, sendo que a vermelha e a branca são as mais comuns. Leia mais sobre isso no artigo Alotropia do fósforo.
O ácido fosfórico (H3PO4) é o acidulante mais usado em refrigerantes, principalmente do tipo cola, sendo responsável por regular a doçura, realçar o sabor da bebida e baixar o pH.
O íon fosfato (PO43-) está presente nos organismos vegetais e animais. Por exemplo, juntamente ao cálcio, o íon fosfato é o principal constituinte dos ossos humanos e dos dentes, sendo que 85% do fosfato do corpo está presente neles. Esse íon também está presente nos fluidos no interior das células dos tecidos vivos, está presente no DNA (ácido desoxirribonucleico), e parte da energia que extraímos dos alimentos é estocada nas células na forma da molécula fosfato de adenosina (ATP). A escassez de fósforo em crianças pode causar raquitismo e má formação dos dentes; em adultos, pode causar osteoporose.
Por isso, o fósforo é uma parte importante de nossa nutrição, sendo que entre as principais fontes de fósforo nos alimentos estão: leite e seus derivados, como o queijo; ovos, carne bovina, aves, peixes, cereais, leguminosas, frutas, chás e café.