As forças intermoleculares são as responsáveis por manter coesas as moléculas de uma substância, fazendo com que elas não acabem se separando em moléculas isoladas, mas fiquem juntas.
No entanto, como isso ocorre com as moléculas de compostos apolares que não apresentam carga elétrica para se atraírem e com os gases nobres que são formados por átomos isolados?
Bom, muitas substâncias apolares podem ser liquefeitas e solidificadas em temperaturas muito baixas e, nesses estados, suas moléculas ou átomos se aproximam. Visto que as eletrosferas dos átomos contêm elétrons, essas cargas elétricas de mesmo sinal (negativo) causam a repulsão entre suas eletrosferas.
Assim, o átomo ou molécula fica com mais elétrons de um lado do que do outro, ficando momentaneamente polarizado e por indução elétrica irá provocar a polarização da molécula ou átomo vizinho. O resultado será a atração entre eles. Essa atração é denominada de força de dipolo induzido.
Veja como isso ocorre na formação de um dipolo induzido entre átomos do gás nobre hélio:
Outros nomes que são dados para essa força intermolecular são dipolo induzido – dipolo induzido, dipolo instantâneo-dipolo induzido, forças de dispersão de London, ou, simplesmente, forças de London (em homenagem ao físico que estudou esse tipo de interação).
Esse tipo de força intermolecular é a mais fraca de todas (a mais forte é a ligação de hidrogênio e a intermediária é a dipolo permanente). É por isso que muitas substâncias apolares no estado sólido passam para o estado gasoso diretamente com facilidade, como ocorre com o gelo-seco e com o iodo. Visto que a intensidade das forças de atração entre suas moléculas é fraca, basta pouca energia para rompê-las e fazer a substância mudar de estado de agregação.
É esse tipo de força que dá aderência às patas da lagartixa na superfície das paredes e tetos por onde caminham. A sua intensidade permite que elas não caiam, mas também que não fiquem grudadas.
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