O diamante ainda continua sendo o sólido mais duro (difícil de ser riscado) encontrado na natureza que se conhece até hoje. No entanto, físicos alemães, da Universidade de Bayreuth, conseguiram produzir um material em laboratório que é mais duro que o diamante.
A dureza do diamante se deve à sua estrutura, que é formada por ligações entre carbonos não contidos no mesmo plano, com um ângulo de aproximadamente 109º. Sua estrutura cristalina é bem compacta, acarretando também numa densidade de 3,51 g/cm3.
Com base no conhecimento da estrutura dos carbonos, os cientistas começaram a fabricar diamantes sintéticos. E mais estudos nessa área levaram até mesmo a outra forma alotrópica do carbono, o buckminsterfullerene. A forma mais comum desse composto contém 60 átomos de carbono, C60, dispostos numa forma geodésica, que parece a de uma bola de futebol, com 60 vértices e 32 faces formadas por 12 pentágonos e 20 hexágonos.
O novo material mais duro que existe foi obtido exatamente a partir do carbono 60, onde os cientistas o submeteram a pressões elevadíssimas (cerca de 200 vezes a pressão atmosférica) e a temperaturas de 2500 ºK. Com isso, obtiveram uma nova forma de carbono conhecida como nanobarras agregadas de diamante ou ADNR.
Esse sólido possui a dureza de 491 gigapascals (GPa), enquanto que os diamantes comuns possuem 442 GPa.
Essa descoberta é importante, pois um material mais duro que o diamante e mais barato pode ser usado para várias finalidades, veja algumas delas:
- Cortar o aço, algo que o diamante não consegue, pois ele queima quando é aquecido;
- Recobrir peças de engrenagens e mancais, para durarem mais e poderiam ser usadas em aparelhos nos quais não é recomendado o uso de lubrificantes líquidos;
- Para proteger a superfície de discos de computador.