O éter etílico, também conhecido pelos nomes éter dietílico, éter sulfúrico, éter comum ou simplesmente éter, é na realidade o composto químico etoxietano, pertencente ao grupo funcional dos éteres (compostos que possuem o oxigênio entre dois carbonos) cuja fórmula estrutural é:
Esse composto foi descoberto em 1540 pelo botânico alemão Valerius Cordus (1515-1544), quando ele submeteu o álcool etílico à ação do ácido sulfúrico. E em 1842 passou a ser utilizado nos Estados Unidos como anestésico. Sua primeira utilização foi em uma cirurgia de pequeno porte, realizada por Crawford Williamson Long (1815-1878).
Quando passado sobre a pele, a sua evaporação proporciona uma sensação de frio e uma diminuição da sensibilidade, podendo ser usado para aplicar injeções. Mas, seu uso como anestésico por inalação proporcionou que cirurgias mais invasivas pudessem ser feitas.
No entanto, esse anestésico apresentava alguns perigos, como, por exemplo, o fato de ser tóxico, causando irritação no trato respiratório e mal-estar no paciente. Além disso, ele é muito inflamável, podendo ocasionar um incêndio na sala de cirurgia. Ele reage com o oxigênio do ar, formando um peróxido de hidrogênio que provavelmente atua detonando a explosão. Por isso, com o passar do tempo, o éter etílico foi substituído por outros anestésicos mais seguros.
Atualmente, ele é mais utilizado em laboratório, como solvente apolar, para a extração de óleos, gorduras, essências e perfumes de origem vegetal e animal. Ele é até mesmo considerado o melhor solvente para extrair cocaína das folhas de coca. Por isso, sua comercialização é controlada pela Polícia Federal.