O cobre é um metal de número atômico 29, que é encontrado na natureza, principalmente nos minerais calcocita, calcopirita e malaquita, além de também estar presente no mineral turquesa. Seu nome vem da palavra romana cuprum, que por sua vez é derivado de cyprium, que é o nome utilizado para Chipre, que tinha sido a principal exportadora deste metal. A palavra cobre assemelha-se mais com copper, que é cobre em inglês.
Não se sabe exatamente quando esse metal foi descoberto, mas a primeira menção dele foi feita no livro bíblico de Gênesis 4:22, no qual se relata que Tubalcaim, filho de Zilá com Lameque, era “mestre (ou forjador) de toda a obra de cobre e ferro [...]”.
Mas, o cobre ganhou maior destaque a cerca de 7000 anos atrás, por volta de 3000 a.C, na era do bronze, quando se descobriu que com ele podia-se formar ligas metálicas. Os povos do Egito, Mesopotâmia e dos vales hindus já estavam familiarizados com ele. O acréscimo de estanho ao cobre forma uma liga de maior resistência frente à corrosão pela água e pelo ar, que é o próprio bronze. Também quando se adiciona zinco ao cobre, forma-se o latão que, assim como o bronze, é mais durável que o metal puro. Hoje em dia, existem mais de mil tipos de ligas com o elemento cobre.
O cobre, junto com o ouro e a prata, era a base das moedas de circulação no mundo antigo. Obviamente, ele era o menos valioso destes três. Atualmente, ele ainda é usado na fabricação de moedas, mas geralmente na forma de liga monetária (liga metálica formada por 75% de cobre e 25% de níquel).
Assim, o cobre na forma dessas ligas é muito usado em objetos de decoração, em joias, amálgamas dentários, peças para automóveis, aviões etc. Isoladamente, a sua principal aplicação é em equipamentos e sistemas elétricos, como os fios que conduzem eletricidade. Isso se dá porque o cobre é um metal dúctil (aquecendo o metal a altas temperaturas é possível transformá-lo em fio), maleável (pode ser transformado em lâminas) e tem grande condutividade elétrica.
Além disso, o cobre também conduz bem o calor e seu ponto de fusão é alto (1358 K – o fogo ao ar livre não atinge essa temperatura), por isso, ele também é usado em panelas para cozinhar alimentos.
O cobre está também presente em nosso corpo em pequena quantidade (considerando um peso de 70 kg, a pessoa possuirá apenas 72 mg de cobre, concentrando-se principalmente no fígado e ossos). Sua função em nosso corpo é a de auxiliar as enzimas envolvidas na utilização de oxigênio. Não existe perigo se não obtermos esse metal em quantidades suficientes em nossa alimentação. Ele é facilmente ingerido, pois está presente em diversos alimentos, além da água que é transportada por canos de cobre.
Entretanto, o perigo consiste em ingerirmos muito cobre, porque ele atua contra o ferro e o zinco em nosso organismo, substituindo-os em seus sítios ativos. O cobre pode ser tóxico e 30 g de sulfato de cobre matam uma pessoa.
O aconselhável é a ingestão diária de 1,2 mg de cobre e 1,5 mg para mulheres grávidas. Suas fontes principais são as carnes de ostras, caranguejos, lagostas, cordeiros, patos, porcos, vaca (principalmente rins e fígado) e também amêndoas, castanhas, nozes, sementes de girassol, margarina, cogumelo, óleo de milho, germe de trigo, leveduras e farelo de trigo.