A borracha natural, também denominada látex, é o resultado de reações complexas que ocorrem dentro de várias espécies de árvores – principalmente a seringueira (Hevea brasiliensis). A constituição dela se dá por uma repetição de unidades isoprênicas, conforme mostrado na figura abaixo:
No entanto, os cientistas conseguiram sintetizar uma espécie de polímero de adição que apresenta exatamente a mesma estrutura da borracha natural. Esse poli-isopreno é um polímero diênico porque, conforme pode ser visto na sua estrutura mostrada acima, seus monômeros têm a estrutura de um dieno conjugado.
Além do poli-isopreno acima, por meio de reações análogas os químicos conseguiram sintetizar outros polímeros diênicos, como o polibutadieno e o policloropreno, ou neopreno, que são os mais comuns para a produção de borrachas sintéticas.
Todos esses polímeros têm propriedades iguais às da borracha natural, como a elasticidade; assim, eles são chamados de borrachas sintéticas ou elastômeros. No entanto, se compararmos as borrachas naturais com as sintéticas, veremos que as sintéticas são até mesmo mais resistentes a variações de temperatura e ao ataque de produtos químicos. É por isso, que, por exemplo, as mangueiras de bombas de gasolina são de neopreno. Esse polímero também é usado em artefatos que ficam expostos à água do mar, como cabos de submarinos, correias transportadoras, roupas, luvas, revestimentos industriais e adesivos.
Essa borracha se torna resistente depois de passar por um processo denominado vulcanização, que é a adição de 2 a 30 % de enxofre à borracha, sob aquecimento e na presença de catalisadores, formando um polímero tridimensional com o enxofre servindo de ponte entre as cadeias carbônicas.
Além desses polímeros de adição, que são formados por monômeros iguais, existem borrachas sintéticas que são constituídas também de copolímeros, isto é, são formadas pela união de monômeros diferentes. Dessas, a borracha mais importante é a utilizada na produção de pneus. Esses polímeros são conhecidos pela sigla em inglês GRS (government rubber styrene) ou SBR (styrene butadiene rubber). Essas siglas indicam que essa borracha é formada pela união dos monômeros do eritreno (buta-1,3-dieno) e do estireno, conforme a reação de polimerização abaixo. Esse polímero é também chamado de buna-S, sendo que o termo “bu” vem de “butadieno”, “na” vem de “sódio” (Natrium) e “S” de “estireno” (styrene).