A bomba de hidrogênio ou bomba H é baseada em reações de fusão nuclear dos isótopos naturais do hidrogênio (11H), o deutério (12H ou 12D) e o trítio(13H ou 13T), conforme mostrada abaixo:
Esse tipo de reação é o mesmo que ocorre no núcleo do sol, sendo sua fonte de energia, e libera uma quantidade de energia muito maior que as de fissão nuclear. Para se ter uma ideia, as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki eram provenientes de fissão nuclear, assim, uma bomba de hidrogênio teria um poder destrutivo muito maior. Enquanto uma bomba atômica libera como fluxo de nêutrons apenas 1g, a bomba H libera 10 kg.
Estima-se que seu poder de destruição é 1 megaton, equivalente a 1 milhão de toneladas de TNT.
Mas essa reação de fusão se inicia somente em altíssimas temperaturas, como as encontradas no Sol. Aqui na Terra, para que isso seja conseguido, utiliza-se a energia liberada na explosão de uma bomba atômica, que funciona como uma espoleta.
Em razão dessas altas temperaturas, a reação de fusão nuclear da bomba de hidrogênio não é controlada até o momento.
Felizmente, esse tipo de bomba ainda não foi utilizado em nenhuma guerra, mas já se fizeram testes explodindo cerca de 20 bombas H, feitos por norte-americanos, russos e ingleses. A primeira delas foi explodida em 1953 no atol de Bikini pelos norte-americanos.
Em 1964, o cientista Linus Pauling conseguiu que os países citados assinassem um tratado no qual prometeram não realizar mais teste com bombas nucleares a céu aberto.