Propomo-nos a discutir um assunto cujo cerne se encontra relacionado à coloquialidade e aoformalismo da língua. Assim, tendo em vista que sempre usamos ora uma forma, ora outra, o objetivo a que se presta o artigo em pauta é permitir que você, caro (a) usuário (a), conheça as características que norteiam o uso dos verbos ter e haver. De modo a concretizar tal objetivo, alguns enunciados nos fornecerão os subsídios necessários ao perfeito entendimento de tais traços. Ei-los, portanto:
Tem pessoas bastante solidárias.
Tinha doações que atendiam a várias necessidades.
Na análise linguística dos termos que se encontram em destaque, pode até ser que a conclusão a que cheguemos seja a de que eles correspondem aos sujeitos das orações. Saiba que isso representa um equívoco, pois tais termos atuam como objeto direto, uma vez que complementam o sentido do verbo ter. Mas preste atenção a outro detalhe, ora demarcado pelo fato de os verbos se encontrarem no singular. Não deveriam estar no plural, já que os dois complementos assim se expressam?
Compreenda que por se tratar de uma oração sem sujeito, o verbo, necessariamente, tem de permanecer no singular, haja vista que ele se classifica como impessoal.
Pois bem, o uso do verbo ter deve estar inserido somente na linguagem cotidiana, coloquial, expressa no dia a dia.
Em se tratando da linguagem formal, sobretudo aquela manifestada em palestras, redações empresariais, entrevistas, conferências, etc., opte sempre pelo uso do verbo haver, o qual deverá se constituir dos mesmos pressupostos, isto é, permanecer impessoal. Alterando os exemplos anteriores, temos:
Há pessoas bastante solidárias.
Havia doações que atendiam a várias necessidades.
Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto: