Um mil... Tal expressão nos convida a relembrar fatos cotidianos recorrentes, como, por exemplo, aquele cheque que você recebeu ou até mesmo emitiu, veja:
O uso inadequado do cardinal “um” se faz presente, sobretudo, no preenchimento de cheques
Você acredita que muitas vezes encontramos até mesmo “hum mil”? Hum! Se ao menos se se tratasse de uma interjeição! Mas não, trata-se de uma concepção deturpada que a maioria das pessoas possui, principalmente em se tratando do contexto bancário. Os gerentes costumam alegar que tal ocorrência se deve ao fato de que o emissor, assim procedendo, estará evitando que aconteçam fraudes, adulterações. Pois bem, saiba que o recomendável é apenas colocar aquele sinal de (“=”) antes de começar a preencher a quantia por extenso.
Dessa forma, tendo o discurso expresso por meio da imagem como exemplo, ele precisa ser reformulado, no qual o “um” deixará de existir, permanecendo somente “Mil novecentos e noventa reais”. Napoleão Mendes de Almeida – gramático, filólogo e professor de português e latim – já contestara esse modo de as pessoas, principalmente os bancários, “legislarem sobre o que não entendem”.
Em face de tais elucidações, convém ressaltar que em se tratando dos postulados gramaticais, esses atestam que diante da expressão da unidade de milhar não é adequado utilizarmos “um”, visto que a sequência correta é “mil, dois, três mil, quatro mil”, e assim sucessivamente. O mesmo prevalece para as datas, embora grafadas como no exemplo:
1.999 – lê-se “mil novecentos e noventa e nove”.