Perceba que estamos diante de duas expressões idênticas, sonoramente falando. Contudo, em se tratando da escrita, constatamos que se divergem, visto que uma se constitui da preposição “a” e a outra do verbo haver.
Entretanto, são características apenas quanto à parte estética, ou seja, referem-se a termos estruturais. Mas e em se tratando de outros fatores? Quais seriam os pontos que as demarcam? Pois bem, é o que vamos descobrir por meio de algumas elucidações ora pertinentes.
A expressão tudo haver, quando comparada ao padrão formal da linguagem, representa um evidente desacordo, visto que ela não existe. O verbo haver, fazendo referência a este contexto não se adéqua.
Portanto, você pode ter tudo a ver com uma determinada situação ou com algo, assim como, por exemplo:
Nossa! esta música tem tudo a ver comigo.
O desaparecimento dos garotos tem tudo a ver com a situação em que se encontra a cidade nestes últimos tempos.
Como também pode ter a nada a ver. Perceba:
Eu não tenho nada a ver com isso.
Marta não tem nada a ver com a fuga dos animais.
Eis aí o porquê de usarmos somente tudo a ver/nada a ver, e desprezarmos as expressões tudo haver/nada haver, analisadas sob o âmbito da linguagem escrita!
Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto: