A pretensão de unificar a grafia entre os países considerados lusófonos data de muito antes desta última reforma ortográfica, válida desde 1º de janeiro de 2009. Em todas elas vale lembrar que os objetivos propostos não obtiveram o sucesso desejado, visto que não vigoraram. A mais recente, por sinal, também vem demonstrando traços de rebeldia, tendo como consequência mais de 17 mil assinaturas: um manifesto contra a implantação, sob a alegação de que ocorrerá “abrasileiramento” da escrita, correndo o risco de extinguir as variantes europeia, africana e brasileira.
Mas enquanto aguardamos o resultado, convém ressaltar que, independentemente de aspectos relacionados à ortografia, o fato é que há uma barreira muito grande que separa alguns termos proferidos no português falado no Brasil e no português falado em Portugal, sobretudo no que diz respeito à semântica por eles representada.
E, por assim dizer, é sempre bom estarmos atentos a esse detalhe, pois, como se sabe, uma viagem a Portugal não é dispensável, não é verdade? Assim sendo, para evitarmos “possíveis” constrangimentos, desde já estabeleceremos uma certa familiaridade com tais fatos. Analisemos, pois, alguns casos que representam esta ocorrência: