Em se tratando das características que norteiam a classe representada pelos pronomes, eis que uma delas diz respeito ao fato de eles atuarem como sujeito da oração. Assim, sendo, constatemos alguns enunciados linguísticos:
Chegamos exaustos do passeio.
Desejo felicidades a você.
Vieste sozinho.
Mediante análise, o que se percebe é a omissão do pronome sujeito, visto que as desinências verbais, ora demarcadas, já nos revelam a pessoa a que se refere o predicado, como também o número gramatical (singular ou plural) dela. Constatemos, pois:
(Nós) chegamos – 1ª pessoa do plural
(Eu) desejo – 1ª pessoa do singular
(Tu) vieste sozinho – 2ª pessoa do singular
Contudo, em determinados casos, ao invés de prevalecer tal ocorrência (omissão), há a presença do pronome sujeito. Verifiquemos, portanto, as circunstâncias nas quais podemos constatá-la:
* Ocorre em casos nos quais se deseja, de modo enfático, chamar a atenção para a pessoa desse sujeito. Vejamos:
Eu, admiradora da linguagem literária, já li várias obras, pertencentes a vários autores.
* Nos casos em que há a oposição entre duas pessoas gramaticais distintas. Chequemos:
Ele de um lado, ela de outro, observavam atentamente o movimento.
* Em circunstâncias nas quais se percebe que a forma verbal é comum à 1ª (eu) e à 3ª (ele/ela) pessoa do singular, razão pela qual se torna necessário evitar o equívoco. Observemos:
Você gostaria que eu trouxesse o que ele me pediu? (ao invés de “Você gostaria que eu trouxesse o que me pediu?”).