O pronome “cujo” se revela quase em extinção, haja vista que na oralidade sua presença é praticamente nula, sendo utilizado mais comumente na escrita. Partindo desse princípio, esse artigo tem por finalidade abordar algumas considerações atribuídas a esse pronome.
* O pronome “cujo” somente é utilizado no sentido de posse, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Vejamos:
A aluna cuja nota foi a mais alta recebeu a premiação.
O discurso faz referência à nota mais alta, cuja autoria é da aluna anteriormente mencionada.
* Tal pronome deve aparecer antecedido de preposição, sempre que a regência dos termos posteriores assim exigir. Observemos:
Este é o professor em cuja competência todos acreditam.
O verbo “acreditar”, quando analisado sob sua transitividade, é transitivo indireto, daí a presença da preposição.
Aquela é a garota com cujas ideias não concordamos.
Há de se convir que o verbo “concordar” também se revela como transitivo indireto, haja vista que quando concordamos, concordamos com algo.
* Não é recomendável o uso do artigo definido entre o pronome “cujo” e o substantivo subsequente. Constatemos:
A aluna cuja (a) nota foi a mais alta recebeu a premiação – situação inadequada
A aluna cuja nota foi a mais alta recebeu a premiação – enunciação adequada.
Em se tratando, sobretudo, dos casos relacionados à regência, o discurso pode até não parecer agradável aos ouvidos, mas o fato é que, em se tratando de regras, nada mais nos ocorre a não ser segui-las.