Se, porventura, a palavra “textualidade” lhe causa certa estranheza, saiba que ela se refere a todas as qualidades que um bom texto precisa ter. Para construí-lo são gastos alguns ingredientes: um relativo ao nosso conhecimento de mundo (ou seja, aquele conhecimento dos fatos que norteiam nosso cotidiano de uma forma geral), e outro que diz respeito à familiaridade estabelecida mediante os fatos que norteiam a língua em si, isto é, aqueles relacionados à gramática.
Digamos que tais pressupostos são considerados básicos, mas há que se observar outros que efetivamente irão determinar se essa textualidade se deu de forma plena ou não. Para tanto, faz-se necessário que estejamos sempre atentos a alguns requisitos fundamentais. Entre eles, citamos:
* A clareza – Eis aí o requisito primordial de todo e qualquer ato comunicativo. Sendo assim, o uso de um vocabulário preciso, claro e objetivo é de fundamental importância. A pontuação adequada, o emprego de frases não muito longas e a construção de parágrafos bem elaborados são essenciais.
* A simplicidade – De nada adianta utilizarmos palavras eruditas, palavras que a princípio causam certa notoriedade, sem ao menos termos ciência de seu significado. Também em nada resultará empregarmos uma linguagem coloquial, à vezes até abusando das gírias, das abreviações, por exemplo. O ideal é que saibamos dosar, ou seja, para sermos simples não é necessário optarmos por um ou pelo outro, e sim sermos objetivos no que queremos dizer, tendo em vista os padrões que regem a linguagem.
* Ordem direta – Ela também se revela como fator preponderante, pois facilita a interlocução de modo preciso. Portanto, é bom sempre termos em mente: perante a construção das frases, orações e períodos devemos optar pela sequência: sujeito + predicado + complemento, como, por exemplo: Nós estamos preocupados com a notícia, em vez de dizermos: preocupados estamos nós com a notícia.
* A originalidade – Tal requisito assemelha-se muito à objetividade, pois somos originais quando nos expressamos de forma clara e precisa, por meio de um discurso bem arquitetado, fazendo com que a comunicação flua da melhor forma possível. Para tanto, nada de pedantismo vocabular, falsa erudição, tampouco chavões, modismos.
Em face de todos esses pressupostos, vale mencionar outro requisito – de singular importância – a revisão textual. Ela proporcionará a você a chance de detectar possíveis falhas que, no momento em que redigia o texto, passaram despercebidas, como, por exemplo, a falta ou o excesso de pontuação, erros ortográficos, entre outros. Outro benefício reside no fato de que informações podem ser acrescentadas ou às vezes até suprimidas do discurso, de modo a torná-lo plausível à compreensão do interlocutor.