Como você já deve ter estudado, alguns verbos necessitam de complemento para que seu sentido esteja completo. Veja:
Mariana comprou...
Ao interromper a oração no verbo comprou, percebemos que o sentido do enunciado fica incompleto, não é mesmo? Isso ocorre porque estamos diante de um verbo transitivo. Assim, somos levados à pergunta “Comprou o quê?”:
Mariana comprou um carro novo.
O termo em destaque, cujo núcleo é o substantivo carro, complementa o sentido do verbo transitivo e, dessa forma, dá completude ao enunciado. Perceba que essa relação, entre o verbo e seu complemento, ocorre de forma direta, ou seja, não há entre eles a presença de uma preposição. Dessa maneira, o complemento de um verbo transitivo direto é chamado de objeto direto.
O objeto direto pode ser expresso por:
a) Substantivo ou palavra substantivada:
O pai carregou a filha nos braços.
b) Pronome (substantivo):
Os pais fazem tudo pelos filhos.
c) Numeral:
Entre todas as casas, escolhemos uma.
d) Oração:
O contrato exige que comprove residência.
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O objeto direto pode aparecer preposicionado em alguns casos. Dessa forma, o que determina um objeto direto não é a ausência da preposição, e sim a transitividade verbal, ou seja, todo verbo transitivo direto possui como complemento um objeto direto, mesmo que este apareça preposicionado. Esses são os casos:
1) Quando integrar verbos que exprimem sentimentos:
Odeio àquela mulher.
2) Para evitar ambiguidade:
Aos italianos, venceram os brasileiros na copa de 1994.
3) Quando vem antecipado:
A mulher ninguém agrida.
4) Quando for expresso por pronome oblíquo tônico:
Festejamos a ti nesta data tão especial.
5) Quando for expresso pelo pronome relativo quem:
O homem a quem amo está distante.
Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto: