Entre as distintas circunstâncias linguísticas, uma vez passíveis de questionamentos, cabe ressaltar que estamos frente a uma delas. Tais expressões, ora dotadas de características semelhantes, sobretudo em termos sonoros, confundem muitos usuários no momento da escrita.
Dessa forma, tendo em vista a importância da busca pelo conhecimento, o artigo em questão pauta-se por evidenciar os traços que demarcam ambos os termos, levando em consideração as situações nas quais devemos utilizá-los:
“Há” representa a terceira pessoa do verbo haver, que tanto pode revelar uma forma verbal impessoal, como também flexionável, tudo dependerá do contexto referente à interlocução. Desvendemos, pois, esse impasse, partindo dos seguintes enunciados:
O garoto há de se arrepender do erro que cometeu.
Nesse caso, há possibilidade de a forma verbal ser flexionada, caso o sujeito apareça descrito no plural, assim como neste outro exemplo:
Os garotos hão de se arrepender do erro que cometeram.
Constatemos agora as situações em que o verbo se apresenta como impessoal:
* Denotando o sentido de existir:
Há alunos na sala.
* Denotando a noção de tempo decorrido, passado.
Há anos que não o vejo. (faz)
Como podemos perceber, eis as circunstâncias nas quais utilizamos a referida forma.
Atemo-nos a outro enunciado:
Daqui a dois meses estaremos de férias.
Nesse caso, a ideia retratada é a de que algo irá ocorrer, ou seja, revela-nos a noção de futuro.
Dessa forma, quando essa for a intenção, recomenda-se tal uso.