Sabemos que a língua possui um caráter eminentemente social, e para que a comunicação se efetive de maneira satisfatória, é necessário que o falante domine as estruturas linguísticas por ela oferecidas.
Para tal, é necessário que ele possua a habilidade de combinar as palavras de modo que as mesmas proporcionem o entendimento por parte do interlocutor.
Assim sendo, vejamos os seguintes enunciados:
Que belas garotas!
Preciso de sua ajuda hoje.
Para que possamos ter êxito na vida, é necessário muito esforço.
Perante os mesmos, notamos que há intencionalidades discursivas divergentes, ou seja, para cada ato comunicativo há também um objetivo que se pretende alcançar com a mensagem.
A primeira trata-se de um elogio, um comentário, despertando o leitor para algo, na segunda há um apelo, um pedido, e a terceira já possui um perfil mais argumentativo, no sentido de persuadir o leitor a respeito de um determinado assunto.
Quanto à estrutura, notamos que o primeiro enunciado não possui nenhum verbo, porém a comunicação foi estabelecida normalmente. Daí denomina-se o que chamamos de frase nominal, pois se refere somente a nomes, sem a presença de verbos.
O outro já possui um verbo, que é “precisar”, trata-se, portanto, de uma oração, pois a mesma é constituída por um sujeito oculto (Eu), e por um predicado - preciso de sua ajuda hoje.
Já o terceiro apresenta mais de um verbo, isto é, o verbo poder (possamos), o ter (na sua forma infinitiva) e o ser (é).
Vejamos outros exemplos:
Márcia adorou o passeio de barco.
A ignorância e o desrespeito são atitudes abomináveis.
Os alunos chegaram ansiosos para a prova.
Desta feita, quando o contexto linguístico apresentar mais de um verbo, estamos diante de um período. Note:
Estou à espera das avaliações, porém não me sinto muito confiante.
Caso você consiga sair mais cedo, espere-me no portão.
Hoje não estou me sentindo muito bem, preciso descansar um pouco.