Todo enunciado busca construir um sentido, e a palavra é sua matéria-prima, é o ponto de partida para a comunicação. A língua sofre influências sociais, históricas e geográficas, entretanto, posssui uma organização, obedece a regras. Todo falante conhece suas leis combinatórias e constrói seu discurso respeitando-as.
O usuário da língua adquire conhecimento dos fonemas (representação sonora) e dos grafemas, e ao ouvi-los, constrói automaticamente uma imagem. Ao escutar m-e-n-i-n-o, o falante pensará em alguém do sexo masculino, e não em uma árvore. Por quê? Porque todos constroem um significado a partir de conceitos preestabelecidos.
As palavras, entretanto, não aparecem isoladas, desconectadas. Elas organizam-se em enunciados, mas como tais, precisam fazer sentido. Se houver comunicação, há uma frase, caso contrário, existe apenas um amontoado de palavras.
É possível perceber que a palavra e a frase estão constantemente interligadas. Para a semântica, o significado é essencial, logo, as palavras não devem ser analisadas isoladamente, pois sem um contexto, não haverá sentido.
É importante perceber, também, que a ordem em que as palavras são dispostas, ou a forma como a pontuação é utilizada, pode modificar a mensagem e truncar a comunicação. Embora a ordem das palavras siga determinados critérios para que não se torne agramatical, há a possibilidade da inversão de termos. Quando isso acontece propositalmente, pode acrescentar expressividade ao enunciado. No entanto, sendo feito sem critério, pode truncar a comunicação.