Encontramo-nos rodeados de gêneros textuais, disso ninguém pode duvidar. A recorrência deles é tão significativa que, desde o momento em que nos colocamos de pé, passamos a detectá-los como parte das nossas atividades rotineiras. Assim, jornais, outdoors, panfletos, manuais de instrução representam algumas das muitas situações sociocomunicativas que circundam o nosso cotidiano. Dada essa ocorrência, o artigo em questão tem por objetivo deixá-lo (a) a par das características que norteiam uma dessas modalidades de que falamos anteriormente: os textos jornalísticos.
Possivelmente, ao folhearmos um jornal, nem nos atentamos para elas, haja vista que nosso propósito já se encontra bem definido: apenas nos mantermos informados acerca dos fatos que circundam o meio social como um todo.
Pois bem, começaremos pelo título e subtítulo das matérias jornalísticas. Assim, a título de ilustrarmos as elucidações em questão, constatemos um exemplo:
PF prende 18 em ação contra pedofilia em 11 estados e Distrito Federal
Entre os investigados está um radialista, que foi preso em Fortaleza.
Rede compartilhava arquivos de pornografia infantil com 34 países, diz PF.
Retirado de G1 Rio Grande do Sul.*
Constatamos o título, em primeira instância, o qual se constitui de algumas marcas discursivas, tais como: verbos expressos no presente do indicativo a fim de chamar a atenção do leitor sobre o fato em questão. Outro aspecto que também se demarca diz respeito ao fato de não haver sinal de pontuação. Não menos relevante, emerge a ordem sintática em que aparecem dispostos os elementos que compõem o discurso, uma vez materializada pela ordem direta (SUJEITO + PREDICADO + COMPLEMENTO). Quanto à estética das letras, percebemos que essas se apresentam em tamanho maior, quando comparado ao subtítulo.
Já ele (o subtítulo), a começar pelo tamanho das letras, apresenta-se em formato menor, pois se trata de uma complementação da ideia retratada no título, cujo intento é deixar o interlocutor ainda mais a par do que será tratado mediante a leitura na íntegra da matéria.
Somadas a esses elementos, podemos perceber que a maioria das matérias jornalísticas aparece acompanhada de imagens, gráficos e desenhos. Dessa forma, tais ilustrações são demarcadas pela legenda e, muitas vezes, pelo chamado texto-legenda.
Acerca dessa primeira (legenda), cabe afirmar que se constitui de uma frase geralmente curta, a qual cumpre basicamente duas funções: descrever a ilustração e conferir um apoio maior à matéria jornalística, de modo a dar todo suporte necessário à clareza, à completude das informações prestadas. Assim, como ocorre no título, em se tratando do tempo verbal empregado, constatamos o presente do indicativo, e, quanto à pontuação, o que se evidencia é a ausência do ponto final.
Quanto ao texto-legenda, como bem nos aponta a nomenclatura, trata-se de uma complementação dos aspectos expressos na legenda, contendo informações adicionais acerca do assunto em referência.