A dissertação é um tipo de texto. De modo geral, dissertar significa falar, discutir a respeito de um assunto. Podemos dizer que o texto dissertativo, o narrativo, o descritivo, o expositivo e o injuntivo são as cinco tipologias textuais que formam a base estrutural dos gêneros discursivos textuais (contos, fábulas, cartas, artigos, charges, atas, relatórios etc.).
Diferentemente de um Artigo de Opinião, cuja base é dissertativa e argumentativa na mesma medida, a dissertação deve ocupar-se mais em informar o leitor a respeito de um assunto, expor dados, pesquisas e a opinião de profissionais que possam esclarecer como o tema gera efeitos na sociedade. De maneira geral, na Dissertação, os autores analisam o tema, expondo pontos positivos e negativos, para que assim o leitor se informe e formule seu próprio ponto de vista a repeito do assunto. Nesse sentido, a opinião pessoal do autor sobre o tema é neutralizada.
A dissertação é redigida na terceira pessoa (singular ou plural) e em prosa, ou seja, deve ser estruturada em períodos e parágrafos (diferentemente de um poema ou de uma música, por exemplo, os quais são estruturados em versos e estrofes). Assim como todo texto em prosa da tipologia dissertativa, a dissertação deve apresentar, no mínimo, três parágrafos: introdução, desenvolvimento e conclusão. Vejamos a função de cada umas dessas partes que formam a estrutura básica da dissertação:
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Introdução
A introdução é o “cartão de visita” do texto. Nela, o autor deve informar, de maneira clara e objetiva, a respeito do assunto sobre o qual vai dissertar ao longo de todo o texto. De modo geral, os temas são apresentados a partir de uma contextualização histórica (como o tema estava/era antes) ou a partir de um panorama geral sobre a questão na contemporaneidade.
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Desenvolvimento
O desenvolvimento é uma parte muito importante da dissertação, já que é o espaço em que o autor expõe as informações, fatos, pesquisas a respeito do tema e destaca os pontos positivos e negativos sobre ele. É preciso que o autor selecione bem as informações para que os leitores possam ter uma visão do tema além do senso comum.
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Conclusão
A conclusão não deve ser uma síntese do texto. Na conclusão, o autor deve evitar inserir informações novas e priorizar o desfecho de suas reflexões. Uma boa sugestão é retomar as informações da introdução para dar unidade ao texto e destacar os efeitos (positivos ou negativos) provocados pelo tema.
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