Concordância com o sujeito deslocado

Mesmo em se tratando de casos relativos ao sujeito deslocado, o verbo concorda com o sujeito
Mesmo em se tratando de casos relativos ao sujeito deslocado, o verbo concorda com o sujeito

Desde os mais tenros aprendizados que fazemos acerca dos fatos que norteiam a língua, tomamos consciência de que o sujeito, estando ele expresso no singular, bem como se posicionando no plural, o verbo com ele concorda – eis que se trata, digamos assim, de um princípio básico em se tratando das regras de concordância. Prosseguindo com nossa discussão, não menos relevante emerge outro aspecto – expresso pelo fato de que ele (o sujeito) tende a aparecer, normalmente, antes do verbo, ou seja, no início da oração.

Trata-se, pois, de conceitos básicos, os quais acabam se tornando cristalizados tempo afora. Assim, justamente por esse motivo, sobretudo a depender da falta de aprimoramento de alguns usuários no que tange à competência linguística, quando, porventura, o sujeito muda de posição, questionamentos e mais questionamentos tendem a aparecer, já não falando nos possíveis desvios, nas evidentes infrações ao idioma que por vezes são cometidas.

Partindo dessa perspectiva, propusemo-nos a enfatizar acerca de algumas particularidades voltadas para os casos em que se tratam do sujeito deslocado, casos esses em que nos sentimos questionados a respeito da concordância, isto é, será que neles prevalece o convencionalismo antes mencionado (a concordância que se dá entre o verbo e o sujeito)? A título de constatarmos as reais condições que a eles se aplicam, analisemos alguns enunciados:

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Basta apenas dez minutos para refletirmos acerca do discurso expresso no texto.

Falta imagens adicionais neste texto publicado no site.

Foi descartada, a partir desse momento, todas as suspeitas atribuídas ao infrator.

Teve início, nesta manhã de domingo, todas as apresentações.

Existe, por trás de tudo o que foi dito, mentiras e falsidades.

Analisados a fio, constatamos se tratar da ordem inversa, fato linguístico perfeitamente aplicável quando a construção sintática das orações se efetiva de forma plausível, de modo a fazer com que a mensagem seja transmitida de forma clara e precisa ao interlocutor, contudo, em termos de concordância entre o verbo e o sujeito, atribuamos as devidas retificações aos exemplos acima:

BASTAM apenas dez minutos para refletirmos acerca do discurso expresso no texto.

FALTAM imagens adicionais neste texto publicado no site.

FORAM descartadas, a partir desse momento, todas as suspeitas atribuídas ao infrator.

TIVERAM início, nesta manhã de domingo, todas as apresentações.

EXISTEM, por trás de tudo o que foi dito, mentiras e falsidades.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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