Articulação: um dos princípios da textualidade

A articulação das ideias se manifesta como um dos princípios da textualidade, responsável por estabelecer a coesão e a coerência
A articulação das ideias se manifesta como um dos princípios da textualidade, responsável por estabelecer a coesão e a coerência

Escrever ou falar sobre um assunto do qual você não tem conhecimento é uma tarefa difícil, para não dizer quase impossível. Dessa forma, seja discutindo, seja redigindo, é necessário o domínio do que está sendo abordado, ou seja, é preciso elencar ideias para depois transpô-las para a fala/escrita. No entanto, somente isso não é suficiente, haja vista que de nada adianta você dispor de muitos argumentos se não possui a competência necessária para organizá-los de forma lógica e coerente.

Em outras palavras, as ideias são sim muito necessárias, mas é preciso saber articulá-las de forma adequada. Dessa forma, cabe ressaltar que essa articulação se dá tanto no nível das frases, quanto no nível do próprio texto, por intermédio dos articuladores lógicos do texto e dos próprios conectivos.

Dois importantes elementos, uma vez indispensáveis a qualquer discurso ─ a coesão e a coerência ─, concatenados a outros, resultam no que chamamos de textualidade, amplamente retratada no texto “Os elementos da textualidade”.    

Pois bem, a articulação que se manifesta no nível das frases se dá mediante o uso de pronomes, os quais fazem referência a elementos antes proferidos; bem como das conjunções, uma vez que essas estabelecem distintas relações entre as orações, podendo ser de causalidade, temporalidade, oposição, consequência, condição, conclusão, entre outros aspectos.

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Já a articulação no nível do texto se manifesta pela relação que se estabelece entre as partes maiores desse, como é o caso da introdução, desenvolvimento e conclusão. Participam desse ínterim determinadas expressões, notadamente expressas por “dessa forma”, “por outro lado”, “por exemplo”; sequências numéricas, tais como “primeiro”, “segundo”, “primeiramente”, “em segundo plano”, entre outras; conjunções de oposição, como é o caso de “não obstante”, “apesar de”, etc.

Por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

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