Renascimento

"Monalisa" do renascentista Leonardo Da Vinci.
"Monalisa" do renascentista Leonardo Da Vinci.

Durante a Idade Média, houve a predominância da religiosidade, mais precisamente a doutrina católica. O pensamento medieval era limitado, correndo o risco, se ousasse, de seu autor ser condenado à morte pela Santa Inquisição. Toda a ideia que fosse contra a filosofia cristã era tida como herege, por ser uma ameaça contra as bases religiosas. O fim da Idade Média e o início da Idade Moderna foram marcados por uma série de mudanças, historicamente conhecidas como Renascimento.

O Renascimento se originou por uma nova onda cultural, nascida na Europa. A mentalidade medieval era tida como atrasada e messiânica, abrindo espaço para críticas contundentes ao período. O renascentista era um indivíduo crítico, que se apoiava em ciências tidas como nocivas aos bons costumes medievais, como: História, Filosofia, Artes e Física. Tinham profundo interesse nas artes da Antiguidade, como as línguas grega e romana. Também eram adeptos do pensamento de Aristóteles, filósofo grego. Esses intelectuais foram definidos pela História como humanistas, por se dedicarem mais ao papel do homem na Terra do que os segredos do Reino do Céu.

As principais características dos renascentistas foram a racionalização (capacidade de perceber as coisas), o individualismo (potencialidade do homem), o naturalismo (descoberta da natureza), o antropocentrismo (o homem como a maior criação de Deus) e o heliocentrismo (o sol é o centro do universo).

Entre os principais renascentistas, destacou-se o florentino Nicolau Maquiavel. Autor de “O Príncipe”, obra literária que se assemelhava a um manual de política destinado a príncipes, Maquiavel inspirou uma geração que teve como colaboradores Erasmo de Roterdã (autor do livro “O elogio da loucura”), William Shakespeare (por suas peças teatrais), Miguel de Cervantes (“Dom Quixote”, livro que satirizava o feudalismo), Luís de Camões (autor do poema “Os Lusíadas”), entre outros. No campo científico se destacaram Pietro Pomponazzi, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico e Leonardo da Vinci. Leonardo, além de pintor, músico, matemático e poeta, contribuiu grandiosamente para a Anatomia, dissecando cadáveres para entender o funcionamento dos órgãos. Foi tido, pela Igreja, como pecador, por dissecar cadáveres.

Há controvérsias quanto à ideologia renascentista. Alguns historiadores alegam que a Idade Média é completamente avessa ao Renascimento, pela liberdade de pensamento e pela nova mentalidade. Outros já dizem que uma é a evolução da outra, pois, no século XII, algumas manifestações renascentistas foram identificadas.
 

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Por: Demercino José Silva Júnior

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