Em 1917 o mundo testemunhava a ascensão de uma nova organização política: o socialismo. Descontentes com a má administração do Czar Nicolau II, manifestantes de esquerda deram um golpe de Estado, decretando o fim da monarquia, na Rússia. Liderados por Vladimir Lênin, os sovietes (como eram conhecidos os revolucionários russos) adotaram um regime socialista, em que a propriedade privada e o acúmulo de riquezas seriam erradicados, vigorando a distribuição igualitária de bens, controlados pelo Estado.
No início da Revolução, a Rússia experimentou um relevante crescimento econômico. Mas, ao longo do tempo, a economia se estagnou, gerando descontentamento entre os russos. Uma crise era esperada. Lênin, temendo a perda de apoio populacional e, consequentemente, o declínio comunista, adotou medidas econômicas e políticas, a fim de sanar a crise. Uma delas foi o Comunismo de Guerra, em que foi adotada uma economia totalmente centralizada pelo Estado. Outra medida foi, em 1921, a criação da “Nova Política Econômica”, conhecida pela sigla “NEP”.
Lênin acreditava que para se conseguir um desenvolvimento econômico sólido, era preciso abrir mão do radicalismo da doutrina socialista e permitir certas práticas capitalistas. Ilustrada pela frase “Um passo atrás, dois à frente”, a NEP permitiu o controle do comércio varejista por um setor privado, a formação de cooperativas, o aluguel de terras, a abolição do trabalho compulsivo nas fábricas e a coletivização das propriedades. O Estado supervisionaria todas essas práticas, como também o controle do comércio externo, do sistema bancário e das indústrias de base.
A Nova Política Econômica lograva êxitos. A economia russa voltou a crescer, fato que possibilitou o diálogo com outras nações, perdido após a crescente da ideologia socialista. Mas, em 1924, Vladimir Lênin faleceu e o governo russo foi disputado entre Trótsky e Stálin. Este último, vencedor do embate, aboliu a NEP e instaurou os “Planos Quinquenais”, como medida econômica de seu governo.