Antes de invadir a Polônia, em setembro de 1939, e dar início à Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista, liderada por Adolf Hitler, estabeleceu um acordo com a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), comandada por Joseph Stalin. Esse acordo ficou conhecido como Pacto Germano-Soviético de não agressão ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Ficou decidido nesse pacto que, se Alemanha se envolvesse em qualquer conflito com as nações do Ocidente europeu, a URSS não interviria. O fato é que tal pacto era apenas um artifício para se ganhar tempo e terreno na guerra. Mas cedo ou mais tarde, nazistas e soviéticos enfrentar-se-iam, e o confronto sobreveio em 22 de junho de 1941 com a Operação Barbarossa.
A Operação Barbarossa não apenas rompia o referido pacto de não agressão, mas também expunha a ousadia da máquina de guerra alemã ao lutar no front ocidental e no front oriental ao mesmo tempo. A ambição do império nazista incluiu o território soviético dentro de seu programa de “Espaço Vital”. Entre os projetos de Hitler, estava a submissão do povo eslavo e a sua escravização. Além disso, havia um declarado repúdio do nazismo por alguns dos princípios do comunismo bolchevique – apesar de, em vários pontos, as duas ideologias aproximarem-se.
O fato é que, sob ordens do Füher, o general Halder, que na ocasião chefiava o OKH (o alto comando militar alemão), organizou toda a estratégia da operação contra a URSS. O nome da operação remete a um dos ícones dos povos germânicos da Idade Média, Frederico I, ou Frederico Hohentaufen, imperador do Sacro Império Romano-Germânico no século XII, conhecido como o “Barba Roxa”, ou “Barba Ruiva”, daí o termo “Barbarossa”. De certo modo, Hitler considerava-se um legítimo representante de Barba Ruiva, haja vista que ele via seu comando sobre a Alemanha como o III Reich, III Império, portanto.
Os ataques da referida operação concentraram-se em três pontos diferentes: 1) os exércitos do Norte, que estavam sob o comando do marechal Ritter von Leeb, tinham por objetivo marchar em direção a Leningrado, minar as defesas da cidade e sitiá-la. 2) O marchal Fedor von Bock, comandante dos exércitos do centro europeu, ficou encarregado de comandar a invasão do coração do império soviético, Moscou. 3) Por fim, o marechal Gerd von Rundstedt encarregar-se-ia de dominar toda a extensão da Ucrânia e sitiar a capital Kiev.
As batalhas duraram de julho a dezembro de 1941 e algumas delas estiveram entre as mais sangrentas das Segunda Guerra, ocasionando a morte de dezenas de milhares de militares e civis. Um dos elementos mais singulares das batalhas da Operação Barbarossa foi a atuação do inverno russo contra os soldados alemães. Muitos combatentes chegaram a congelar em plena marcha, ficando pelo caminho; alguns nem sequer chegaram a entrar em confronto com o inimigo.
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