Um dos aspectos mais importantes da cultura da Pérsia é o zoroastrismo, ou masdeísmo, religião fundada por Zoroastro, que teria feito seus primeiros adeptos em Bactriana. O seu livro doutrinário era chamado de Zend-Avesta e pregava a supremacia absoluta do bem. Masda, o criador do mundo, era a figura da ética e da moral, mas Masda tinha um inimigo, Arimã, cujo símbolo era uma serpente.
O culto a Masda era simples. Não existiam templos e nem estátuas. Seus símbolos eram a luz e o fogo; e seus santuários, lugares altos, a céu descoberto. Os quatro elementos, a água, a terra, o fogo e o ar, eram sagrados. Por ser a terra sagrada, não acontecia sepultamento de cadáveres a fim de não contaminar a terra; os mortos eram depositados nas altas torres para servirem aos abutres. Alguns corpos eram enterrados, porém nesse caso eles eram cobertos com uma camada de cera para não contaminarem a terra.
Segundo o zoroastrismo, a alma do homem cumpria um ritual. Depois de três dias do falecimento, a alma deveria comparecer perante um tribunal reunido diante de uma ponte chamada o chinval. Se a alma fosse pura, a ponte ficaria larga, facilitando a sua passagem para o Reino de Ormuzd. Se fosse má, a ponte iria se estreitando cada vez mais, até que a alma não pudesse passar e assim cairia no abismo, onde os demônios a esperavam. Para aqueles que não foram nem bons e nem maus haveria uma espécie de purgatório.
O zoroastrismo possuiu um sentido ético e social, e também um sentido profético, pois admitiu a vinda de um messias, chamado Saoshyant. Ele seria gerado por uma virgem e aconteceria um juízo final com a queda definitiva de Arimã. Assim, o masdeísmo demostrou um nível de moralidade elevado, através da sua regra de ouro, só é bom aquele que não faz ao outro o que não for bom para si mesmo. Com o tempo, a religião persa sofreu influência de outros povos e culturas, contudo, podemos perceber que o zoroastrismo influenciou também o judaísmo, cristianismo e islamismo.