Em 1800 a.C. as cidades mesopotâmicas foram reunidas pelos reis da Babilônia e um grande Império foi unificado. O maior governante desse primeiro Império Babilônico foi Hamurábi, famoso pelas suas invasões e conquistas militares, pelas incríveis construções urbanas e pela abertura de um canal que ia da Babilônia até o Golfo Pérsico, correndo paralelamente ao Rio Eufrates, e pelo seu código, que era o reflexo da vida e dos costumes babilônicos. O código de Hamurabi foi considerado um dos primeiros conjuntos de leis no contexto jurídico.
Segundo a legislação de Hamurábi, a injúria e os danos deveriam ser vingados com atitudes ou fatos equivalentes. O código era severo, sendo assim, se alguém matava injustamente, deveria ser morto pela família da vítima, essa lei ficou conhecida como Lei de Talião: olho por olho, dente por dente. Além do seu aspecto penal, o código de Hamurábi era também uma regulamentação econômico-social dos domínios do rei. As diversas profissões nele se achavam minuciosamente reguladas, assim como certas instituições como o casamento e o divórcio.
Leia um pequeno fragmento do código de Hamurábi: Se alguém penetrar numa casa por arrombamento, deve morrer, e o seu corpo deve ser enterrado no próprio local do arrombamento. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte. Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte. [...]
O Primeiro Império Babilônico entrou em decadência no segundo milênio antes de Cristo. Toda a Mesopotâmia havia sofrido o impacto de uma invasão de povos indo-europeus, arianos entre os quais se destacavam os mitanianos, os cassitas e os hititas. Esses dois últimos povos dominaram completamente a antiga capital de Hamurábi, que caiu em um período de declínio irreversível.