Por volta de 1750 a.C., o Egito sofreu a invasão dos hicsos (povos nômades vindos da Ásia), que penetraram na região pelo istmo de Suez, instalando-se no delta do Nilo. Eles dominaram completamente o território egípcio e reinaram por quase dois séculos, deixando os faraós encarcerados na cidade de Tebas. No entanto, os egípcios reuniram forças e conseguiram expulsar os hicsos, restaurando a unidade política do Egito.
O Novo Império egípcio ou Segundo Império Tebano (1580-1085 a.C.), estabelecido após a expulsão dos hicsos, foi fundamentalmente severo e imperialista. Os faraós mais importantes desse período foram: Tutmés III (1480-1448 a.C.), em cujo governo a extensão do Egito alcançou o Rio Eufrates; Amenófis IV (1377-1358 a.C.), que governou impondo uma grande reforma religiosa que ordenava a adoração ao deus único, Aton, representado pelo disco solar; e Ramsés II (1300-1223 a.C.), o grande conquistador do reino hitita.
O período de enfraquecimento político ocorreu logo após a morte de Ramsés II. Foram curtos os períodos de segurança e união sob o comando de um governo central. A decadência do Novo Império se deu em consequência das grandiosas disputas políticas que envolviam as autoridades sacerdotais, que, em alguns momentos, chegaram a constituir um Estado dentro do Estado, ignorando o poder do faraó. Outra razão foi a dispersão do próprio exército constituído em grande parte por mercenários estrangeiros. Com a falta da unidade militar, o poder estatal ficou arruinado. Desprotegidos militarmente, os egípcios se viram à mercê de constantes invasões dos povos indo-europeus na região do Delta. Assim, o Egito perdeu suas antigas conquistas e seus domínios no Oriente.