No período Paleolítico Superior o homem começou a viver em grandes grupos e deixou desenhos e pinturas que constituíram um magnífico acervo para o estudo de suas condições vividas e de sua forma de organização. Por conta desse acervo deixado por volta de 40000 a.C., descobriu-se o homem de Cro-Magnon. Esse homem possuía elevada estatura, grande semelhança física com o homem atual e capacidade craniana aproximadamente igual à média moderna. Demonstrava possuir uma inteligência satisfatória, pois ele costurava suas roupas, feitas com peles de animais, com agulhas de osso e cozinhava alguns alimentos. Construiu moradias nas regiões onde não existiam abrigos naturais, e suas belas criações indicavam a existência de certa divisão de trabalho.
As primeiras manifestações religiosas do homem pré-histórico são concernentes ao período do homem de Cro-Magnon. Através do sobrenatural atribuído às pinturas nas suas cavernas, o homem do Paleolítico Superior simbolizava seus desejos gravados ou pintados nas rochas: eram cenas de caça ou de animais. Segundo a interpretação da arqueologia e da antropologia, esses homens acreditavam que os desenhos poderiam ajudá-los na caça e, sendo assim, obteriam animais com mais facilidade. Nessa fase, o homem pré-histórico foi um caçador nato. Sua religião e sua arte foram exemplos claros de uma cultura de caçadores.
O homem de Cro-Magnon (também conhecido como Homo sapiens – homem sábio) resistiu e sobreviveu graças a sua característica nômade, pois sempre se mudava, tentando se proteger das transformações físicas e climáticas ocorridas através da quarta era glacial. Ainda hoje podemos encontrar traços físicos remanescentes dos antigos homens pré-históricos, mas nos deparamos ainda com a escassez de fontes históricas para sabermos mais dos nossos antepassados, como a origem desses primatas.