A Holanda participou das Grandes Navegações e foi considerada grande negociadora dos mares, mas sua participação aconteceu tardiamente em relação a Portugal e Espanha, que se lançaram ao mar a partir do século XV. Neste texto iremos saber os motivos do atraso holandês nas Grandes Navegações.
Um dos primeiros motivos que explicam o atraso da participação holandesa nas Grandes Navegações era o fato de que a grande parte do capital holandês estava aplicada no rico comércio do mar do Norte e no financiamento da expansão portuguesa; antes de serem excelentes navegadores, os holandeses foram exímios negociantes.
O segundo motivo que levou a Holanda a se aventurar pelos mares depois dos portugueses e espanhóis foi o domínio que a Espanha exerceu sobre a Holanda durante grande parte do século XVI. Após ter conquistado a liberdade em relação à Espanha, os holandeses empreenderam no ano de 1579 (XVI) enormes conquistas marítimas, dominaram vários territórios situados nos continentes africano, asiático e americano.
O império holandês incorporou regiões como a do Cabo, na África; o Ceilão, na Ásia; a Nova Amsterdã (atual Nova York); vários territórios no nordeste do Brasil e as ilhas Antilhas na América.
Sobre a tentativa de incorporação de parte do território brasileiro, os holandeses invadiram o Brasil por duas vezes, a primeira entre 1624-1625 (XVII), passaram pela Bahia e deixaram na cidade de Salvador algumas influências na arquitetura.
Na segunda tentativa de invasão ao Brasil, entre 1630-1654 (XVII), a Holanda conquistou parte do nordeste, as regiões açucareiras do norte da capitania de Pernambuco e a atual cidade de São Luís, capital do Maranhão. Tanto em Pernambuco quanto em São Luís é clara a influência holandesa na arquitetura.
As Navegações holandesas foram importantes por demonstrar a capacidade comercial da Holanda, que dominou todo o transporte e venda da cana-de-açúcar produzida nos engenhos brasileiros durante os séculos XVI e XVII.