Josef Stalin foi governante da União Soviética (URSS) de 1927 a 1953, sendo reconhecido pelos historiadores como um dos mais brutais ditadores da história. Seu regime, conhecido como stalinismo, promoveu reformas que transformaram a União Soviética em uma potência industrial em poucos anos.
Além disso, o seu governo perseguiu opositores e minorias étnicas, promovendo um regime de terror que expurgou (por prisões em campos de trabalho forçado ou execuções) milhares de pessoas. Recebeu os méritos de liderar a resistência soviética contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre Josef Stalin
- 2 - Biografia de Josef Stalin
- 3 - Trajetória revolucionária de Stalin
- 4 - Governo de Josef Stalin
- 5 - Morte de Josef Stalin
- 6 - Frases de Josef Stalin
Resumo sobre Josef Stalin
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Josef Stalin foi governante da União Soviética entre 1927 e 1953.
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Originário da Geórgia, Stalin aderiu aos ideais socialistas na sua juventude.
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Tornou-se uma figura importante na política russa após a revolução.
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Impôs um regime totalitário que ficou conhecido como stalinismo.
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Liderou a resistência soviética contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Biografia de Josef Stalin
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Origem e juventude de Josef Stalin
Iosif Vissarionovich Dzhugashvili, mais conhecido como Josef Stalin, nasceu na cidade de Gori no dia 18 de dezembro de 1878. Sua cidade natal é, atualmente, parte da Geórgia, país que surgiu no Cáucaso com o desmembramento da União Soviética. Na época que Stalin nasceu, a cidade fazia parte do Império Russo.
Seus pais eram Vissarion Dzhugashvili e Ekaterina Gerogievna Geadze, e o ambiente familiar em que Stalin cresceu era conturbado. Seu pai era sapateiro e, com frequência, agredia a própria esposa, o que fez com que eles se separassem. Com 17 anos, Stalin se matriculou em um seminário teológico em Tbilisi, atual capital da Geórgia.
Trajetória revolucionária de Stalin
Stalin demonstrou ser um estudante rebelde, com uma personalidade forte. Em sua juventude, ingressou em um movimento nacionalista georgiano que se chamava Mesame Dasi (Terceiro Grupo, em português). Nessa organização, teve contato com os ideais socialistas e logo envolveu-se com o Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR).
Sua atuação no interior do POSDR fez com que ele fosse perseguido pela polícia secreta czarista, a Okhrana. Em 1902, ele foi preso e enviado para o exílio na Sibéria, fugindo em sequência. Quando o POSDR rachou em bolcheviques e mencheviques, Stalin aderiu ao primeiro grupo.
Entre 1902 e 1905, Stalin atuou em uma série de ações promovidas pelo POSDR, como assalto a bancos, como forma de financiar o partido. Em 1905, ele conheceu Lenin, e daí em diante ganhou enorme espaço no interior dos bolcheviques. Em 1912, foi convidado para assumir o comando de um jornal revolucionário, o Pravda. Foi nessa posição que ele passou a usar o pseudônimo Stalin, que significa “feito de aço” e foi usado durante o resto de sua vida.
Em 1917, a Rússia estava em um alto nível de tensão por conta da penúria que o país vivia pelo seu envolvimento na Primeira Guerra Mundial. Em fevereiro de 1917, o czarismo foi destituído do poder por uma revolução popular. Um governo provisório assumiu o poder na Rússia, promovendo algumas transformações, mas mantendo o país na guerra. Stalin se mudou para Petrogrado, onde deu continuidade ao trabalho revolucionário à frente do Pravda.
Quando Lenin retornou à Rússia, em abril de 1917, a tensão revolucionária ganhou força no país e uma revolta armada dos bolcheviques foi realizada em outubro de 1917, resultando na derrubada do governo provisório e na subida dos bolcheviques ao poder. O papel de Stalin no dia da revolução é alvo de disputa: alguns historiadores questionam que ele não tomou parte de ações revolucionárias, enquanto outros sugerem que suas ações foram burocráticas, mas, ainda assim, importantes no contexto da revolução.
Com o sucesso da Revolução Russa, Stalin aproximou-se de Lenin, que se tornou o líder do país a partir de então.
Leia mais: Socialismo — é uma ideologia política e econômica que propõe a superação da ordem capitalista
Governo de Josef Stalin
Em 1922, Stalin tornou-se secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Essa função era muito importante no contexto da política soviética, demonstrando que Stalin era uma figura influente nos quadros do PCUS.
Com o declínio da saúde de Lenin, a disputa pelo poder se instalou na União Soviética. Stalin, Trotsky, Zinoniev e Kamenev eram os principais nomes, mas Stalin os superou e assumiu o poder de maneira oficial em 1927. Ele então perseguiu seus opositores, fazendo com que os seus concorrentes fossem expulsos do PCUS.
Stalin permaneceu no poder até 1953, e o seu governo ficou conhecido como stalinismo, sendo entendido pelos historiadores como um regime totalitário que implantou um terror que perseguiu opositores e silenciou a população soviética. Stalin também impôs reformas radicais e perseguiu minorias étnicas.
Entre as realizações de Stalin estiveram os Planos Quinquenais, um plano de industrialização que estabeleceu metas de crescimento e produção altíssimas para cada cinco anos. Esse plano transformou a União Soviética em uma potência industrial em poucos anos, mas também esse feito foi alcançado devido à exploração dos trabalhadores soviéticos.
Na agricultura, Stalin perseguiu os grandes fazendeiros e estabeleceu uma coletivização das terras, criando fazendas coletivas. Essas fazendas tinham metas de produção, mas a coletivização desregulou a produção soviética, causando uma crise de fome severa, principalmente na Ucrânia.
O governo de Stalin também ficou marcado pelos expurgos, isto é, pela execução sumária de pessoas que supostamente conspiravam contra o comandante soviético. Stalin desenvolveu uma intensa paranoia, enviando para campos de trabalho forçado, a fim de serem executadas, milhares de pessoas, incluindo apoiadores.
Críticas a Stalin não eram permitidas, assim como os cultos religiosos. O líder estabeleceu um culto a sua personalidade, espalhando sua imagem pelo país. Em 1939, ele assinou um polêmico acordo de paz com a Alemanha Nazista, o que permitiu que ele planejasse as invasões de Polônia e Finlândia.
Stalin ignorou as advertências de que os alemães planejavam invadir o país, sendo pego de surpresa com a invasão em junho de 1941. Ele liderou uma resistência obstinada dos soviéticos aos alemães e levou a guerra contra os alemães às últimas consequências. Para Stalin, a vitória deveria ser alcançada a todo custo.
A resistência soviética foi fundamental para a derrota nazista, em 1945. O custo em vidas foi altíssimo, e estima-se que entre 20 e 25 milhões de soviéticos morreram. Apesar disso, Stalin se transformou em um herói nacional por ter liderado a derrota nazista.
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Videoaula sobre stalinismo
Morte de Josef Stalin
Stalin faleceu em 5 de março de 1953, aos 74 anos de idade. Ele foi vítima de um derrame em 1º de março, e as sequelas o levaram ao falecimento dias depois. Sua morte foi acompanhada por um ritual funerário que o exaltou por todo território soviético. Seu sucessor, Nikita Kruschev, por sua vez, encerrou o culto a Stalin ao dar início ao processo de desestalinização soviética. Isso se concretizou quando Kruschev denunciou diversos crimes cometidos por Stalin durante os anos em que esteve no poder.
Frases de Josef Stalin
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“Líderes vão e vêm, mas o povo permanece. Apenas o povo é imortal.”
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“O povo deve ser educado com o mesmo cuidado e ternura com que um jardineiro cultiva uma árvore frutífera de estimação.”
Créditos da imagem
[1]Dylanhatfield e Shutterstock
Fontes
FREEZE, Gregory L. (org.). História da Rússia. Lisboa: Edições 70, 2017.
GILBERT, Martin. A História do Século XX. São Paulo: Planeta, 2016.
HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. 1941-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
