Hidromel é uma bebida obtida a partir da fermentação do mel com água e, possivelmente, é a mais antiga do mundo. Existem indícios de que foi consumida desde a Grécia Antiga até a Índia, sendo encontrados ainda relatos de que os maias também a produziam e consumiam. Mas foi mesmo na Idade Média que seu consumo tornou-se popular no continente que hoje conhecemos como Europa.
O hidromel também está presente em algumas mitologias. Entre os gregos, o hidromel era parte da alimentação dos deuses do Olimpo. Zeus e os demais membros do panteão divino consumiam néctar e ambrosia. A ambrosia é justamente um dos outros nomes dados ao hidromel, que ainda pode ser chamado de mead, methus, hydromel, hidromiel, melomel e medovina.
Na mitologia nórdica, há uma história que liga a origem do hidromel ao pacto de paz selado entre os deuses Aesir e Vanir, que para simbolizarem a paz, jogaram gotas de seus sangues em recipiente que deu origem a Kvasir, o deus do conhecimento. Kvasir viajava pelo reino dos anões quando foi assassinado. Os anões adicionaram cerveja ao seu sangue, dando origem à bebida, que ficou conhecida também como o “néctar dos deuses”. A pessoa que bebesse do líquido poderia adquirir o conhecimento do deus que a originou. A bebida foi ainda roubada por Odin, após uma invasão ao reino dos anões, levando o hidromel para Asgard, onde passou a ter também funções proféticas.
Mas talvez seu uso fosse comum na Idade Média pela relativa facilidade em seu fabrico, já que além da água e do mel, conseguidos nos bosques ao redor das zonas de habitação, fosse necessário apenas um agente fermentador, que era, provavelmente, a cevada.
Outro povo que utilizava o hidromel eram os celtas. Durante as cerimônias religiosas, a bebida era servida por acreditarem que o hidromel possuía efeitos afrodisíacos. Durante as núpcias, a bebida era servida durante todo um ciclo lunar para auxiliar a fertilidade. Possivelmente essa é a origem do termo “Lua de Mel”.