O Hamas é uma organização que surgiu na década de 1980, com o propósito de libertar o povo palestino e de lutar pelo fim de Israel. Esse grupo surgiu no interior da Irmandade Muçulmana e, atualmente, é uma das grandes forças da resistência palestina contra Israel. Possui grupamentos armados e uma ala que atua politicamente.
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O que é o Hamas?
O Hamas é uma organização de cunho nacionalista e islamista sunita que surgiu em 1987 e que atua como um dos principais grupos de resistência dos palestinos contra Israel. A palavra Hamas é uma contração do termo Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, que é traduzido como Movimento de Resistência Islâmica.
O Hamas governa a Faixa de Gaza, estando no controle da região desde 2006. Esse grupo já realizou vários ataques contra Israel ao longo de sua existência. Em razão dos ataques promovidos, foi classificado como uma organização terrorista por Israel. Outras nações, além de Israel, também consideram o Hamas como um grupo terrorista.
Os grandes objetivos do Hamas são garantir a libertação do povo palestino e erradicar o Estado de Israel. Esses objetivos são buscados por meio de seu braço armado, conhecido como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Além disso, o Hamas possui um braço político, que governa a Faixa de Gaza e promove uma série de ações sociais em benefício da população palestina.
Os ataques realizados pelo Hamas contra Israel acontecem, principalmente, por meio de mísseis contra cidades israelenses. O grupo também possui uma certa rivalidade com o Fatah, outro grupo de resistência palestina, e já foi denunciado por comandar a Faixa de Gaza de maneira autoritária.
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Origem do Hamas
Como mencionado, o Hamas foi fundado em 1987. Essa organização surgiu no interior da Irmandade Muçulmana, uma organização islamista fundada em 1928, no Egito, e que tinha forte atuação na Palestina, tendo como principal objetivo a islamização das sociedades muçulmanas.
A Irmandade Muçulmana tinha uma grande preocupação com a religião e passou a desenvolver um extenso trabalho social. Assim, foram construídas escolas, hospitais, mesquitas, entre outros, com o objetivo de oferecer cuidados à população, mas também de reforçar os valores do islamismo entre as pessoas.
Essa irmandade chegou a Palestina na década de 1940 e lá permaneceu com o mesmo objetivo: reforçar os valores do islamismo. Ela, inclusive, foi uma das primeiras a se reestruturar na Palestina após a Primeira Guerra Árabe-Israelense, travada entre 1948 e 1949.
A partir da década de 1960, os movimentos islamistas, isto é, que possuíam forte influência dos valores religiosos do islamismo, começaram a ganhar espaço na sociedade palestina. Isso se deu, sobretudo, pelo fracasso de grupos seculares na defesa dos interesses dos palestinos na luta contra Israel.
A partir da década de 1980, o Estado de Israel deu início a uma política de valorização da Irmandade Muçulmana. As autoridades israelenses acreditavam que o fortalecimento dessa organização seria importante para o enfraquecimento da resistência palestina. Esse raciocínio se baseava no fato de que a Irmandade Muçulmana não possuía envolvimento na política.
Além disso, o governo de Israel acreditava que o crescimento da Irmandade Muçulmana resultaria no enfraquecimento da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), surgida em 1964 e que ocupava o posto de principal grupo da resistência palestina. A OLP lutava por meio de táticas de guerrilha e era um grupo fortemente secular.
O oposto do que desejava Israel aconteceu. O crescimento da Irmandade Muçulmana fez com que, no interior dessa organização, uma ala se despontasse defendendo maior envolvimento do grupo com a política e com a luta armada contra Israel. Essa ala se desvinculou da Irmandade Muçulmana em dezembro de 1987 e fundou o Hamas.
A fundação do Hamas, oficialmente falando, ocorreu por meio da publicação de um importante documento, conhecido como Estatuto do Hamas. Esse documento resume a ideologia defendida pelo Hamas e quais são os objetivos desse grupo. O contexto de surgimento do Hamas também se relaciona com a Primeira Intifada, os protestos populares em que a população palestina atacou as tropas israelenses com paus e pedras.
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Situação recente do Hamas
Como mencionado, o Hamas é um dos principais nomes da resistência palestina contra Israel. O grupo, inclusive, comanda a Faixa de Gaza desde 2006, uma vez que o braço político do Hamas foi eleito nas eleições legislativas que aconteceram na Palestina naquele ano. Desde então o grupo governa a região, apesar das críticas à forma autoritária de como isso é feito.
Muitas críticas são feitas ao Hamas por conta dos abusos cometidos contra seus opositores — prisões arbitrárias e torturas —, mas o grupo segue com um apoio expressivo entre a população palestina. A explicação para isso está na forma como Israel atua na Faixa de Gaza. As péssimas condições de vida da população e os constantes bombardeios promovidos por Israel contribuem para aumentar a popularidade desse grupo.
O braço armado do Hamas possui uma força expressiva, uma vez que — especula-se — o grupo possa ter cerca de 40 mil sodados e um bom arsenal de mísseis. Atualmente, sabe-se que o Hamas possui mísseis que são capazes de alcançar praticamente qualquer lugar da Palestina e que o arsenal do Hamas seja levado para a região por meio de túneis.
O Hamas utiliza esses túneis para abastecer a Faixa de Gaza com mercadorias que Israel não permite a entrada. Acredita-se que o grupo tenha gastado milhões de dólares na construção desses túneis para fazer a ligação da Faixa de Gaza com o Egito.
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