Em 1799, um golpe de Estado derrubou o governo monárquico francês, instaurando a primeira revolução burguesa da história: a Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, líder da Revolução, governou a França em três períodos. O primeiro foi caracterizado como o governo do consulado, em que o poder foi centralizado e controlado por militares. Durante esse período, a alta burguesia consolidou seu poder na França. Essa época também foi marcada por uma severa censura à imprensa e ações de violência contra opositores.
No segundo momento, Napoleão realizou um plebiscito para saber qual forma de governo os franceses preferiam. Quase sessenta por cento dos eleitores escolheram a volta da monarquia, e Napoleão como representante. O regime Imperial foi instalado. Tendo Napoleão como imperador, teve início uma expansão territorial, promovida pelo exército francês que foi fortalecido, tornando-se um dos mais poderosos do mundo.
Em 1806, em represália a uma derrota para a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, proibindo todos os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Napoleão havia adotado uma postura ditatorial, fato este que contribuiu para a queda de sua popularidade e um aumento de oposicionistas ao seu governo.
A Rússia havia aderido ao Bloqueio Continental, mas, envolvida em uma crise econômica, voltou atrás. Em represália, foi invadida pela França. O poderoso exército francês não contava com o rigoroso inverno russo que culminou em sua derrota. Este fato estimulou outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. A Inglaterra, a Áustria, a Rússia e a Prússia organizaram um exército único e invadiram a França em 6 de abril de 1814, derrubando Napoleão.
Preso, Napoleão conseguiu fugir da prisão. Ao retornar à França, foi saudado pela população com honras de herói. Retomou seu cargo após Luís XVIII (rei francês que assumiu o cargo após a prisão de Napoleão) fugir com a sua família. No poder, Napoleão governou por cem dias, até ser derrotado na Batalha de Waterloo, e ser preso novamente. Napoleão foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde permaneceu até a morte.