Festa Junina

A Festa Junina é uma das maiores festas populares do Brasil, ocorrendo em junho em todas as regiões do território nacional. Mistura tradições europeias, indígenas e africanas.

Decoração tradicional da Festa Junina, uma das festividades mais populares do Brasil.
A Festa Junina é uma das festividades mais populares do Brasil, sendo popular em todas as regiões do nosso país.

A Festa Junina é uma das maiores festas populares do Brasil, ocorrendo em junho em todas as regiões do território nacional. A tradição de rituais e festas no mês de junho, período do ano no qual ocorre o solstício de verão no Hemisfério Norte, ocorre há milhares de anos. Povos germânicos acendiam fogueiras nos solstícios, para espantar os maus espíritos. Ao redor das fogueiras as pessoas dançavam, cantavam e se alimentavam.

Com o cristianismo, os festejos de solstícios se transformaram na Festa de São João, mantendo tradições antigas, como a fogueira e o levantamento de mastros. Com o passar do tempo celebrações semelhantes passaram a ocorrer nos dias de Santo Antônio e de São Pedro, tornado o mês de junho um mês de grandes celebrações que passaram a ser conhecidas como Festas Juninas.

A Festa Junina brasileira possui forte influência indígena, principalmente na culinária, com o milho, o amendoim, a abóbora, a mandioca e o pinhão sendo os principais ingredientes utilizados na produção dos pratos típicos.

Leia também: História do Carnaval — a história de uma das principais manifestações culturais do Brasil

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Festa Junina

  • A Festa Junina é uma das maiores festas populares do Brasil, ocorrendo em junho em todas as regiões do território nacional.

  • Na Festa Junina são comemorados os dias de Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e de São Pedro (29 de junho).

  • A origem da Festa Junina remete à Antiguidade e aos rituais relacionados ao solstício de verão no Hemisfério Norte.

  • Alguns dos principais símbolos e itens de decoração da Festa Junina são as bandeirinhas de São João, a chita, a fogueira, a quadrilha, as brincadeiras e a comida.

  • O milho, alimento indígena, é o principal alimento da Festa Junina. A comida dessa festa recebe influência da culinária portuguesa e indígena.

  • A quadrilha é a principal dança da Festa Junina. Originária da Europa, ela recebeu influência indígena e africana no Brasil.

  • A origem camponesa da Festa Junina é muito marcante na vestimenta usada durante a festa.

  • No nosso país diversas simpatias são realizadas durante o período da Festa Junina para os três santos do mês, Santo Antônio, São João e São Pedro.

  • As maiores Festas Juninas do Brasil ocorrem na região Nordeste, tendo grande importância econômica para muitas cidades da região.

O que significa a Festa Junina?

Festa Junina é uma festa popular que ocorre em todo o território nacional, tradicionalmente no mês de junho, embora em alguns lugares ela também pode ocorrer em julho ou até mesmo agosto. Na Festa Junina são comemorados os dias de três importantes santos católicos, Santo Antônio, São João e São Pedro, que são comemorados nos dias 13, 24 e 29 de junho, respectivamente.

A Festa Junina atualmente é uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil, sendo importante para a economia de diversas cidades e entidades, como paróquias e escolas, que conseguem arrecadar fundos durante as festas de junho.

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Origem da Festa Junina

A origem da Festa Junina é milenar. Festas e rituais relacionados ao solstício de verão no Hemisfério Norte ocorrem desde a Pré-História. Povos como os celtas, egípcios, persas e sírios realizavam rituais no dia mais longo do ano.

Com o cristianismo, essas festividades se fundiram às tradições católicas na Europa, e, gradativamente, a celebração dos santos passou a ser realizada em junho, assimilando tradições pagãs. Em Portugal os festejos eram chamados de “festas joaninas”, pois eram realizadas em comemoração ao dia de São João, em 24 de junho.

As Festas Juninas chegaram ao Brasil através dos portugueses, no Período Colonial. No nosso país as comemorações receberam forte influência indígena, sobretudo na alimentação da festa.

Principais características da Festa Junina

Decoração da Festa Junina

Bandeirinhas de São João (bandeirolas) em Salvador, um dos elementos mais característicos da decoração da Festa Junina.
As “bandeirinhas de São João” são um dos elementos mais característicos da decoração da Festa Junina. [1]

As “bandeirinhas de São João” são, talvez, o elemento mais característico da decoração da Festa Junina. Atualmente elas são feitas principalmente de papel ou plástico colorido, fixadas em barbantes e penduradas em postes ou outras estruturas.

A chita, tecido de origem indiana que chegou ao Brasil no Período Colonial, também é muito presente na decoração de Festas Juninas. Colorida, com padrões florais ou xadrez, a chita faz parte da decoração e das vestimentas da Festa Junina.

Era tradição das Festas Juninas, principalmente no dia de São João, soltar balões. Na atualidade os balões são proibidos no nosso país, uma vez que podem provocar incêndios. Mas eles sempre estão presentes na decoração da Festa Junina, assim como imagens de fogueiras, espantalhos, espigas de milho, bambus e outros elementos da vida rural.

Símbolos da Festa Junina

Fogueira acesa durante a comemoração da Festa Junina.
A fogueira é um dos principais símbolos da Festa Junina.

A fogueira é um dos principais símbolos da Festa Junina. O fogo foi utilizado em rituais de solstício de verão, na Europa, desde a Pré-História. No Brasil, a Festa Junina ocorre na época de solstício de inverno, período mais frio em nosso país, o que faz com que as pessoas se reúnam em volta da fogueira para se aquecer, além de cozinhar alimentos como batata-doce, pinhão e milho.

A quadrilha é outro símbolo da Festa Junina. A dança é originária da Inglaterra, mas se popularizou na França, e foi graças e este último país que a quadrilha chegou ao Brasil. Por aqui a quadrilha passou a ser inicialmente dançada pela elite, mas se popularizou rapidamente, sobretudo no Nordeste. Na quadrilha a noiva grávida, o noivo, o padre, o delegado, o juiz e o pai da noiva são personagens comuns.

As brincadeiras de Festa Junina também fazem parte da memória de quase todos os brasileiros, como o pau-de-sebo, a pescaria, o jogo das argolas, o tomba-lata e a boca do palhaço. A comida, próximo tópico deste artigo, também é um símbolo da Festa Junina, além das roupas típicas, do chapéu de palha, entre tantos outros.

Comidas da Festa Junina

Diferentes comidas típicas da Festa Junina dispostas sobre uma mesa de madeira.
As comidas típicas da Festa Junina são de origem portuguesa e indígena.

A culinária das Festas Juninas é muito influenciada pela culinária portuguesa e indígena. Nas festas em Portugal o trigo era o principal ingrediente, mas ele era cultivado em pequena quantidade no Brasil. Os portugueses levaram diversos ingredientes da culinária indígena à sua culinária praticada na América.

Milho, batata-doce, mandioca, amendoim, pinhão e abóbora, todos alimentos indígenas, passaram a ser os ingredientes básicos das comidas das Festas Juninas, como o curau, pamonha, canjica (mungunzá), bolo de fubá de milho, pipoca, tapioca, pé de moleque, paçoca e doce de abóbora. Esses alimentos são bons exemplos da fusão entre a culinária lusitana e a indígena. O quentão, o vinho quente, a maçã do amor, cocada, tapioca, cuscuz e o arroz doce são outras comidas típicas da Festa Junina.

Junho é o principal mês de colheita do milho, colhido geralmente em abundância em nosso país, por esse motivo ele é atração central das Festas Juninas. Foi a cultura caipira, fruto da cultura indígena e europeia, a responsável pela introdução do milho nas Festas Juninas.

Danças da Festa Junina

Grupo dançando quadrilha, a dança mais tradicional da Festa Junina.
A dança mais tradicional da Festa Junina é a quadrilha. [2]

A quadrilha é a dança mais famosa da Festa Junina. Foi da na França que a “quadrille” recebeu esse nome. No século XVIII e XIX a Corte portuguesa foi fortemente influenciada pela cultura francesa, e a quadrilha passou a ser praticada pela aristocracia lusitana.

No nosso país ela foi inicialmente uma dança da elite, mas com o passar do tempo foi adotada pelas classes populares, ocorrendo nas ruas e integrando diversos elementos de outras culturas, como a indígena e a africana. Na região Nordeste e Norte também é comum a fusão entre a quadrilha e o auto do boi, em que personagens presentes participam da encenação durante a dança.

Roupas da Festa Junina

Casal vestindo trajes típicos da Festa Junina.
A origem camponesa da Festa Junina é muito marcante na vestimenta usada durante a festa.

Homens e mulheres vestem chapéu de palha, como mostra a imagem. Os homens usam calça jeans, geralmente com remendos. Eles também usam camisa xadrez, populares em Portugal no século XIX. O bigode e o cavanhaque eram símbolos de masculinidade, usados pela maioria dos homens até o início do século XX. As mulheres usam tradicionalmente um vestido colorido, floridos ou xadrez. A maquiagem é exagerada, costume entre a nobreza europeia em séculos passados.

Simpatias da Festa Junina

No nosso país diversas simpatias são realizadas durante o período da Festa Junina para os três santos do mês, Santo Antônio, São João e São Pedro. Algumas delas são as seguintes:

  • Santo Antônio: esse santo se tornou o “Santo Casamenteiro”, e diversas simpatias são realizadas para ele em busca do grande amor por homens e mulheres de todo o Brasil. Segundo a tradição oral, uma mulher pediu ao santo para encontrar um amor; os meses passaram e nada de o amor aparecer. Irritada, a moça atirou a estátua do santo pela janela, acertando um homem. O homem foi até a casa da moça para devolver a estátua, os dois se apaixonaram e acabaram casando-se. Por esse motivo, em diversas simpatias a estátua do santo é “castigada”. Na principal simpatia para o santo, sua estátua é colocada de ponta cabeça dentro de um copo d’água, ele permanece lá até a pessoa encontrar a um amor.

  • São João: para realizar a principal simpatia para São João a pessoa deve, na véspera do dia do santo, colocar água, manjericão, cravo e alecrim em uma bacia. No dia de São João a pessoa deve se lavar com essa água. A simpatia almeja trazer sorte e alegria, e se relaciona com o batismo de Jesus nas águas do Rio Jordão.

  • São Pedro: uma simpatia muito realizada para São Pedro consiste em colocar na frente da casa um copo com água com a chave da casa dentro e realizar uma oração para o santo: “São Pedro, guardião do lar, envolva minha casa sobre a sua proteção”. No dia seguinte a água do copo deve ser despejada sobre um vaso com espada-de-são-jorge. A simpatia busca trazer proteção e fartura para o lar. São Pedro é o santo que controla as chuvas e, por esse motivo, sempre foi relacionado à fartura no meio rural.

Brincadeiras da Festa Junina

Pintura de Francisco Goya mostrando a brincadeira do pau de sebo, uma brincadeira da Festa Junina, no início do século XIX.
Pintura de Francisco Goya representando a brincadeira do pau-de-sebo no início do século XIX.

A Festa Junina também é muito marcada por suas diversas brincadeiras. O pau-de-sebo é uma brincadeira típica das Festas Juninas, embora hoje ela se torne cada vez mais rara. Um tronco sem casca, bem alto, é colocado na vertical, e nele é esfregada gordura animal, que o deixa extremamente escorregadio. No topo do pau é colocado uma nota de dinheiro ou alguma prenda. Quem conseguir escalar o pau-de-sebo e recolher a prenda a leva para casa.

Crianças brincando em uma barraca de pescaria durante a Festa Junina.
A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais das Festas Juninas atualmente. [3]

Outras brincadeiras típicas são a pescaria, o jogo da argola, a boca do palhaço, dança das cadeiras e o cabo de guerra. Antigamente era comum que as crianças ganhassem filhotes de animais como prendas, como pintinhos e porquinhos. Atualmente as principais prendas são brinquedos.

Festa Junina e Dia de Santo Antônio

O Dia de Santo Antônio é celebrado em 13 de junho, no contexto da Festa Junina. É uma das datas mais importantes da Igreja Católica no Brasil. O santo foi canonizado em 1232, e a data de sua morte, 13 de junho de 1231, foi escolhida pela Igreja como a sua data no calendário litúrgico.

Antônio integrou inicialmente a ordem dos agostinianos, mas ao saber da fundação da ordem criada por Francisco de Assis, passou a fazer parte dela. Ele foi missionário no Norte da África e professor no Norte da Itália; passou os últimos anos da sua vida na cidade de Pádua, onde faleceu em 1231.

No Brasil o santo é conhecido como casamenteiro, e para ele são realizadas diversas simpatias com o objetivo de encontrar a pessoa amada. Em alguns lugares ele também ajuda a encontrar objetos e a solucionar causas perdidas. Para saber mais sobre o Dia de Santo Antônio, clique aqui.

Festa Junina e Dia de São João

O Dia de São João é comemorado em 24 de junho, no contexto da Festa Junina. Segundo a tradição oral, o dia 24 de junho é sua data de nascimento, ocorrida seis meses antes do nascimento de Jesus. Maria, mãe de Jesus, era irmã de Isabel, mãe de João. João foi uma espécie de profeta, anunciando a chegada do cordeiro de Deus, Jesus de Nazaré. Foi João que batizou Jesus nas águas do Rio Jordão, daí a forma pela qual é conhecido, São João Batista.

Entre 26 e 28 d.C. João Batista foi condenado à morte pelo governante judeu Herodes Antipas, sendo decapitado e sua cabeça apresentada em uma bandeja ao governante e a Salomé, sua enteada. A celebração do Dia de São João foi estabelecida pela Igreja Cristã ainda no século IV. Para saber mais sobre o Dia de São João, clique aqui.

Festa Junina e Dia de São Pedro

O Dia de São Pedro é comemorado em 29 de junho, no contexto da Festa Junina. O dia 29 de junho é o dia do martírio do santo. Na mesma data é celebrado o Dia de São Paulo, também martirizado nessa data. Nascido como Simão, era pescador e, após a pesca milagrosa, tornou-se apóstolo de Cristo, sendo rebatizado como Pedro, que significa pedra. Após a morte de Jesus, mudou-se para Roma, onde fundou a Igreja Católica, sendo considerado seu primeiro papa.

Pedro foi martirizado em Roma, sendo crucificado de ponta-cabeça, no dia 29 de junho. São Pedro era o santo mais venerado nas áreas agrícolas do Brasil, e para ele eram feitas orações para a chuva e bons tempos. Geralmente ele é representado com uma chave na mão, sendo o portador da chave das portas do céu. Para saber mais sobre o Dia de São Pedro e de São Paulo, clique aqui.

Festa Junina no Brasil

Festa Junina na região Nordeste

O Nordeste é a região onde a Festa Junina é mais tradicional e que recebe turistas do mundo inteiro. As maiores Festas Juninas do Brasil ocorrem no Nordeste, como a de Caruaru, Campina Grande, São Luís e Mossoró.

Além da tradicional quadrilha, as festas da região também são embaladas pelo forró e pelo sertanejo, e é comum ocorrer shows de grandes artistas desses ritmos durante os festejos. Também é presente na Festa Junina o auto do boi, principalmente em São Luís do Maranhão.

Festa Junina na região Norte

A tradicional Festa Junina, com a quadrilha, chapéus de palha e fogueira, divide espaço com a festa do boi na região Norte durante o mês de junho. Em Parintins, cidade do Amazonas, ocorre nos últimos dias de junho o Festival Folclórico Parintins, onde os bois Caprichoso e Garantido animam os participantes do evento. Na região, o carimbó divide espaço com a tradicional quadrilha, e lendas da região se fazem presentes nas festividades. Para saber mais sobre o Festival de Parintins, clique aqui.

Festa Junina na região Centro-Oeste

Nessa região, sobretudo na região de fronteira, a Festa Junina é influenciada pela cultura dos países vizinhos, e a sopa paraguaia, por exemplo, é uma comida típica na região fronteiriça. Outros pratos da região, como o escaldado cuiabano, paçoca de pilão e o caldo de feijão também são comuns nas festas. No Pantanal ainda é tradicional a presença dos cururueiros, cantores populares, nas festividades.

Festa Junina na região Sul

Nessa região a Festa Junina possui algumas peculiaridades, como no Rio Grande do Sul, onde a bombacha e outras roupas gaúchas também estão presentes nas festas, assim como a tradicional roupa caipira. Na alimentação, além dos alimentos tradicionais da Festa Junina, também é comum a presença do pinhão e do churrasco. Estilos musicais como o xote gaúcho, vaneira e chamamé também estão presentes nas festas do Rio Grande do Sul, assim como a tradicional dança de fita. Em muitas regiões de Santa Catarina a festa recebe influência da cultura alemã, nos trajes e nas comidas, como em Pomerode e Blumenau.

Festa Junina na região Sudeste

Na região Sudeste a Festa Junina é tradicionalmente organizada pelas paróquias da Igreja Católica, por isso é comum na região chamar a festa de “quermesse”. Essas quermesses são organizadas pela comunidade, que recolhe doações de prendas, preparam os alimentos, organizam os espaços e fornecem a mão de obra para os dias de evento. Em algumas cidades da região Sudeste ocorrem apresentações de danças típicas, como o fandango e a catira.

Festa Junina no mundo

Fogos de artifício comemorando o Dia de São João na Catalunha, na Espanha, um exemplo da Festa Junina no mundo.
Na Catalunha, localizada na Espanha, o Dia de São João é celebrado com fogos de artifícios.

A Festa Junina também é comemorada em outras partes do mundo. A seguir, veja como ela é comemorada em alguns países:

  • Portugal: a Festa Junina, assim como no Brasil, também ocorre durante todo o mês, e nela são celebrados os dias de Santo Antônio, São João e São Pedro. As ruas das principais cidades do país ficam coloridas, enfeitadas com bandeiras, bandeirinhas e flores. Em Lisboa o padroeiro da cidade é Santo Antônio, considerado um santo casamenteiro. Assim como no Brasil, no seu dia simpatias são feitas para ele e casamentos comunitários são realizados. Também é comum que namorados entreguem de presente para suas namoradas um vaso de manjericão; o presente representa a seriedade do relacionamento, e a moça deve cuidar da planta até o próximo ano, quando receberá outro vaso. Na cidade do Porto, no dia de São João, é comum que as pessoas batam umas nas cabeças das outras com um martelo de plástico. Em tempos antigos era utilizado alho-poró para a brincadeira.

  • Espanha: a Festa Junina é realizada de forma diferente em cada região do país. Na Catalunha os fogos de artifício são a atração principal e uma disputa é realizada entre diversas equipes, ganha a que impressionar mais os espectadores e os jurados. Na cidade de São Pedro de Manrique uma grande fogueira com 1 tonelada de lenha é acessa. Parte da brasa da fogueira é retirada, e diversas pessoas corajosas andam descalças sobre essas brasas.

  • Canadá: o Dia de São João ganhou caráter laico. Nesse dia, na cidade de Quebec, um desfile cívico-militar é realizado ao ritmo de músicas típicas do país. Fogueiras são acessas de tarde, momento no qual se iniciam shows que se estendem pela noite.

  • Dinamarca: a presença pagã ainda é muito presente na celebração do Dia de São João. Em diversas cidades do país, principalmente nas litorâneas, fogueiras são acessas, e nelas são atiradas pequenas bonecas de pano que representam bruxas. O objetivo do ritual é afastar os maus espíritos. Durante a noite as pessoas dançam e cantam ao redor da fogueira.

Curiosidades sobre a Festa Junina

  • A quadrilha, dança típica da Festa Junina, é uma influência da cultura francesa na cultura brasileira. A palavra quadrilha é originária do idioma francês “quadrille”, assim como a palavra “balancê”, muito usada na Festa Junina, ela se origina da palavra “balancer”.

  • Segundo dados do Ministério do Turismo, as Festas Juninas movimentaram em 2022 cerca de 3,4 bilhões de reais na economia brasileira, além de gerar 10 mil empregos diretos.

  • São Paulo é um santo homenageado em dois dias diferentes: 25 de janeiro, dia de sua conversão ao cristianismo, e 29 de junho, dia de seu martírio. Geralmente São Paulo não é citado como um dos santos da Festa Junina.

  • O título de maior festa de São João do mundo é disputado entre as cidades de Caruaru e Campina Grande; todos os anos as duas alegam ser a maior.

Créditos de imagem

[1] ThalesAntonio / Shutterstock

[2] Ismarirj / Wikimedia Commons (reprodução)

[3] Amialves23 / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

CATTANI, Luciana. BOIERAS, Gabriel. Festas populares do Brasil. Editora Manole, São Paulo, 2005.

NUNO, Fernando. Santo Antônio. Editora Petra, Rio de Janeiro, 2016.

RIES, Julien. A ciência das religiões: história, historiografia, problemas e método. Editora Vozes, São Paulo, 2019.

Por: Jair Messias Ferreira Junior

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