Fascismo na Itália

O fascismo na Itália foi o período, durante os anos de 1922 a 1943, em que o país foi uma ditadura comandada por Benito Mussolini. A origem do fascismo italiano se deu com a criação de um grupo por Mussolini, em 1919, que era paramilitar e constituía milícias que atacavam principalmente socialistas. Entre outras características, o fascismo italiano era nacionalista, anticomunista, militarista e totalitário. Durante o período, a democracia italiana ficou suspensa. Ainda na atualidade, existem resquícios fascistas na Itália.

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Tópicos deste artigo

• 1 - Resumo sobre o fascismo na Itália
• 2 - Videoaula sobre o fascismo e Benito Mussolini
• 3 - O que foi o fascismo na Itália?
• 4 - Características do fascismo na Itália
• 5 - Líder e origem do fascismo na Itália
• 6 - Fim do fascismo na Itália
• 7 - Consequências do fascismo na Itália

Resumo sobre o fascismo na Itália

• O fascismo na Itália foi o período em que essa nação foi governada pelo ditador Benito Mussolini, de 1922 a 1943.

• As principais características do fascismo na Itália foram o nacionalismo exacerbado, totalitarismo, partido único, anticomunismo, culto ao líder, expansionismo, militarismo e corporativismo.

• A origem do fascismo italiano foi a criação do Grupo Italiano de Combatentes, milícias armadas que praticavam atos de violência contra opositores, sobretudo socialistas.

• O maior líder fascista italiano foi Benito Mussolini.

• O fascismo terminou em 1943. Mussolini foi morto em 1945.

• Como consequência, o fascismo trouxe uma ditadura totalitária, fim da democracia e dos partidos, controle sindical, perseguições de opositores, censura dos meios de comunicação e controle total na educação e nas escolas.

Videoaula sobre o fascismo e Benito Mussolini

O que foi o fascismo na Itália?

O fascismo na Itália foi um período em que a Itália foi governada, entre 1922 e 1943, por um partido de extrema-direita e radicalmente conservador.

Em 1919, surgiu o Fasci Italiani di Combattimento. Este, em 1921, transformou-se no Partido Nacional Fascista, liderado por Benito Mussolini, nomeado primeiro-ministro italiano em 1922. Ele pregava a violência como maneira de governar e alcançar objetivos.

O fascismo italiano valeu-se da crise do país após a Primeira Guerra Mundial para alcançar o poder. As violências praticadas eram, principalmente, contra socialistas e demais oposições.

Características do fascismo na Itália

As principais características do fascismo na Itália foram:

• nacionalismo exacerbado;

• totalitarismo;

• partido único;

• anticomunismo;

• culto ao líder;

• expansionismo;

• militarismo;

• corporativismo.

O fascismo é uma invenção tipicamente italiana, ou seja, foi inventada lá, pelo próprio Benito Mussolini, portanto o modelo que depois foi espalhado pelo mundo nasceu na Itália.

Líder e origem do fascismo na Itália

A origem do fascismo italiano foi em março de 1919, quando Mussolini criou o Grupo Italiano de Combatentes, uma organização paramilitar (milícia) e nacionalista onde estavam, principalmente, jovens, desempregados e ex-soldados da Primeira Guerra Mundial. Esse grupo tornou-se, em 1921, o Partido Nacional Fascista, e seu fundador, o primeiro-ministro italiano.

O maior líder fascista italiano foi Benito Mussolini. Seu governo ditatorial durou de 1922 a 1943. Ele é considerado o grande propagador do fascismo na Europa.

Seu nome completo era Benito Amilcare Andrea Mussolini, nascido na cidade de Predappio, região central da Itália, em 29 de julho de 1883. O pai dele era ferreiro, e a mãe, professora; logo não tinham muitas condições econômicas. Em sua vida escolar, Benito já demonstrava seu perfil violento, tendo sido expulso duas vezes por agredir colegas, até mesmo com canivete. Trabalhou durante um tempo em escolas primárias como professor.

Apesar de, como governante, ter tido o militarismo como um dos pontos primordiais de sua gestão, em 1902 fugiu da Itália para não cumprir o serviço militar. Mudou-se para a Suíça, onde teve contato com obras marxistas e anarquistas e trabalhou em sindicatos. Tal passagem por esses ideais é atribuída à influência de seu pai, que era um militante socialista e prestava alguns serviços pela causa como jornalista. Mussolini foi apontado nesse período como ótimo em retórica, o que continuou depois, no fascismo.

Ele voltou ao seu país em 1904 e acabou prestando o serviço militar do qual fugira. Ficou lá até 1906, quando saiu para regressar ao ofício de professor. Em 1909, foi para o Império Austro-Húngaro, onde exerceu o ofício de editor em um jornal e voltou a trabalhar em sindicatos. Em 1910, voltou para a Itália, onde prosseguiu no trabalho como editor, primeiramente para o Lotta di Classe (Luta de Classe) e, pouco tempo depois, para o principal jornal da Itália, o Avanti.

Nesse período, defendia a revolução e o uso da força para tal. Defendia também os trabalhadores e era um dos maiores defensores do antinacionalismo e antimilitarismo da Itália. Assim, era destaque entre os socialistas italianos.

Quando a Primeira Guerra começou, em 1914, Mussolini, como editor do Avanti, escreveu posição contrária à neutralidade italiana. Essa posição não era a dos socialistas. Assim, o futuro ditador foi expulso do Partido Socialista Italiano.

Em 1915, italianos entraram para a guerra na Tríplice Entente (aliança militar entre o Reino Unido, a França e a Rússia). A escolha do lado pode ter a ver, segundo alguns pesquisadores, com a promessa de expansão de territórios italianos. Em agosto daquele mesmo ano, Mussolini compareceu ao exército para se alistar. Durante a guerra, Mussolini pegou febre tifoide e também se feriu em uma trincheira explodida. Dessa forma, em 1917, obteve dispensa do exército.

Após a guerra, Mussolini foi se tornando mais reacionário e conservador, reprimindo seus antigos companheiros socialistas. Na historiografia, há um debate sobre o fato de que até 1919 ele ainda não era totalmente fascista, pois tinha posições consideradas de esquerda, como apoiar o direito ao voto feminino. Ele já não era editor do grande jornal Avanti, mas, sim, do Il Popolo d’Italia (O Povo da Itália), que era pequeno. Lançando mão desse jornal e de sua retórica, reforçou as emoções dos italianos que estavam insatisfeitos após a guerra, já que a Itália não teve suas exigências garantidas, os socialistas cresciam e a economia ia mal.

Mussolini, aproveitando-se mais uma vez dos sentimentos da população, observou que o nacionalismo se tornava uma ampla força política na Itália. Assim, passou a advogar pela fundação de um governo forte que tivesse um ditador como líder. Foi dessa maneira que fundou o grupo mencionado, o Fasci Italiani di Combattimento, precursor do fascismo.

Os integrantes do grupo vestiam roupas pretas, militarizadas, formando milícias dos “camisas negras”. Paralelamente, Mussolini se tornava a maior referência conservadora, estimulando essas milícias a atacarem opositores, principalmente os socialistas.

Em 1920, era declaradamente fascista e, até 1922, ascendeu assombrosamente na Itália. O aumento dos fascistas era vertiginoso, até porque grupos liberais e monarquistas apoiavam disfarçadamente a violência dos fascistas contra os socialistas, que também tinham crescido e realizavam, além da atuação em sindicatos, ações diretas, ocupação de fábricas e greves. Tinham também parlamentares e atuavam no campo.

Em 1921, o Fasci di Combattimento virou oficialmente o Partido Nacional Fascista, contando com 80 mil integrantes. Em 1922, mais 300 mil se filiaram. Os fascistas tomaram o poder à força em algumas cidades importantes do interior da Itália.

Em outubro de 1922, uma enorme manifestação de fascistas foi efetivada no intuito de coagir a monarquia a nomear Mussolini como primeiro-ministro do país. Mais de 30 mil fascistas montaram postos nos arredores de Roma exigindo que o rei Vítor Emanuel III nomeasse Mussolini. Apenas dois dias depois, isso aconteceu. Benito Mussolini foi nomeado legalmente no episódio que ficou conhecido como “Marcha sobre Roma”.

Fim do fascismo na Itália

O fascismo chegou ao fim em 1943. Durante a Segunda Guerra Mundial, o fraco desempenho italiano fez com que o mesmo rei Vítor Emanuel III, em julho de 1943, despossasse Mussolini, que foi preso, mas resgatado por alemães em seguida. Voltou ao poder em setembro do mesmo ano como um satélite da Alemanha Nazista. Foi novamente capturado por militantes guerrilheiros contrários ao fascismo, em 1945, enquanto tentava fugir do país. Foi executado por um pelotão de fuzilamento, em abril de 1945, e seu cadáver foi exposto em Milão, em praça pública.

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Consequências do fascismo na Itália

Como consequências, o fascismo trouxe:

• fundação de uma ditadura totalitária, ou seja, o poder era concentrado nas mãos de uma só pessoa, que decidia sobre todas as coisas que envolviam o país;

• fim da democracia, pois Mussolini implantou uma ditadura;

• fim dos partidos — só podia haver o Partido Nacional Fascista;

• controle estatal nos sindicatos para que os operários não se rebelassem;

• perseguição de opositores, principalmente comunistas, dos quais Mussolini havia se aproximado anos antes;

• censura dos meios de comunicação, que só transmitiam propagandas pró-governo;

• controle total sobre a educação nas escolas, pois assim os fascistas podiam formar o futuro ideológico que continuaria o regime.

Após o período fascista, foi formada a República Social Italiana. Com a morte de Mussolini, a Itália saiu da guerra, que estava terminando em todos os lugares. O país, assim como a Alemanha e o Japão (do Eixo), estava devastado: existiam ocupações de exércitos estrangeiros e muitas ruínas. Essa devastação era sentida economicamente. Tal situação não durou muito, pois a Itália foi uma das nações que mais aceitaram ajudas do EUA no Plano Marshall e, até a década de 1970, viveu o seu “milagre econônico”.

Recentemente, a Itália ainda manifesta ideais fascistas. Giorgia Meloni, líder de extrema-direita, do partido Irmãos da Itália, venceu, com 44% dos votos, as eleições de 2022 para a Câmara de Deputados.

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