Napoleão Bonaparte viveu seus últimos momentos à frente do exército francês na famosa Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815. No ano anterior, Napoleão já havia abdicado do trono, após a invasão da França promovida pela união dos exércitos da Rússia, Áustria, Prússia e Inglaterra, e exilado-se na ilha de Elba. Porém, articulou seu retorno à França e promoveu uma nova campanha para retomar o poder, naquele que ficou conhecido o “Governo dos Cem Dias”. Após Waterloo, o ex-imperador viu-se na contingência de um novo exílio sob custódia das autoridades britânicas. Dessa vez, Napoleão foi para a ilha de Santa Helena e lá permaneceu até a morte, em 1821.
A ilha de Santa Helena fica no Atlântico Sul, entre a América do Sul e o continente africano. Como Napoleão havia fugido da ilha de Elba, que fica muito próximo à Península Itálica, no mar Mediterrâneo, a permanência em Santa Helena foi fundamental para, sobretudo, impedir uma nova tentativa de retorno à Europa e de tomada do poder.
Antes de sair do continente europeu, Napoleão viu-se encurralado pelas nações que lhe faziam oposição, como a Rússia, a Prússia e a Áustria – que haviam formado a Santa Aliança e buscavam a restauração do absolutismo na Europa. O ex-imperador procurou a corte de exilados administrada pelo governo provisório da França para que lhe concedesse passaportes a fim de que pudesse isolar-se na ilha de Aix. Entretanto, a sua tentativa foi em vão. Restava ao líder francês entregar-se aos ingleses.
No dia 15 de junho de 1815, Napoleão Bonaparte foi levado à presença dos almirantes ingleses. Todavia, no dia 31 do mesmo mês, foi decidida a sua deportação para Santa Helena. Napoleão seguia para um exílio administrado pelos ingleses, sem nenhuma possibilidade de retorno aos trâmites políticos. O navio que o conduziu até a referida ilha chamava-se Northumberland e partiu no dia 07 de agosto e lá aportou em 15 de outubro.
O primeiro oficial encarregado da vigilância de Napoleão foi o almirante Cockburn, que, no ano seguinte, foi substituído por Hudson Lowe. A ilha era constantemente vigiada por quatro navios de guerra, que tinham a função de monitorar toda a costa para impedir qualquer tentativa de invasão ou fuga.
A monotonia da ilha aos poucos foi ofuscando o ânimo de Napoleão, que, a despeito dos cuidados de seu médico, o doutor Antommrachi, começou a ter a saúde piorada a cada ano que se passava. Em 1821, no dia 05 de maio, Napoleão faleceu. Seu médico, que também fez a autópsia, alegou que a causa da morte teria sido uma úlcera gástrica de origem cancerosa. Entretanto, sobre a sua morte, muitos pesquisadores vêm levantando dúvidas a respeito de um possível envenenamento.
Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto: