Anne Frank foi uma adolescente alemã que, com seus familiares, ficou escondida em sobrado, na cidade holandesa de Amsterdã, para se proteger da perseguição nazista. Durante esse tempo, ela escreveu um diário sobre seus dias escondida e que se tornou um importante registro daquela época. Anne Frank e sua família foram presos pelos nazistas, e ela morreu em, 1945, em um campo de concentração de Bergen-Belsen.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Primeiros anos de Anne Frank
- 2 - Família de Anne Frank
- 3 - O diário de Anne Frank
- 4 - O esconderijo de Anne Frank
- 5 - Prisão de Anne Frank
- 6 - Últimos anos e morte
Primeiros anos de Anne Frank
Anne Frank nasceu em 12 de junho de 1929, na cidade alemã de Frankfurt. Ela era filha caçula do casal Otto Heinrich Frank e Edith Frank. Sua família era judia liberal, ou seja, não seguia à risca a tradição judaica, o que permitiu sua convivência com outras comunidades judaicas ou de outras religiões. Seus pais exerciam atividades acadêmicas e, desde cedo, incentivaram nos filhos o hábito da leitura. Na casa dos Frank, tinha uma biblioteca e os livros estavam sempre disponíveis.
A lembrança daqueles que conviveram com Anne era de uma menina extrovertida, que conversava com todos e sempre buscava ajudar quem mais precisava. Os professores costumavam repreendê-la por conta das conversas fora de hora, durante as aulas.
Família de Anne Frank
A família Frank cultivou o hábito de leitura e procurou transmitir isso para as filhas, Margot e Anne. Isso fez com que elas também lessem e colaborou para que Anne escrevesse um diário enquanto estava escondida, em Amsterdã, contra a perseguição nazista. O casal Otto e Edith, em 1933, ficou receoso com a chegada de Adolf Hitler ao poder na Alemanha. O discurso inflamado do fuher contra os judeus e o começo da perseguição nazista fizeram com que os Frank saíssem da Alemanha em busca de outro lugar mais seguro e longe do terror que começava a assolar os alemães judeus.
Quando Anne tinha quatro anos de idade, ela se mudou com seus pais para a cidade Aachen, na Alemanha, para morar na casa da avó materna, enquanto Otto foi para a Holanda recomeçar a vida e, logo em seguida, levar a esposa e as filhas para lá. Ele abriu uma empresa que vendia frutos para a produção de geleias, e, ao se estabelecer financeiramente, decidiu retirar sua família da Alemanha e levá-la para a Holanda. Sua intenção era, além de fugir dos nazistas, dar uma boa educação para as duas filhas.
Em 1934, Anne se juntou ao restante da família, que, desde o ano anterior, já estava na Holanda. O negócio da família Frank prosperava e as filhas puderam estudar em uma boa escola e ter acesso à educação de qualidade, conforme desejo do casal.
O diário de Anne Frank
Anne tinha o hábito de leitura e gostava muito de escrever, porém ela tinha receio de mostrar para alguém o que escrevia. As irmãs Frank tinham personalidades diferentes. Enquanto Anne era extrovertida, enérgica e sincera, Margot era tímida, educada e estudiosa. Para Anne, sua irmã era mais talentosa e inteligente do que ela.
Em 1940, os nazistas invadiram a Holanda, colocando em risco a tranquilidade e a prosperidade da família Frank. As restrições impostas aos judeus, e que já eram conhecidas por Otto e Edith Frank enquanto moravam na Alemanha, logo foram ampliadas para o território holandês. Anne e Margot tiveram que ser transferidas para uma escola exclusiva para judeus.
No seu aniversário de 13 anos, Anne ganhou do pai um caderno de anotações, com uma capa vermelha, e que ela fez de diário, anotando os acontecimentos do seu cotidiano. Aquele caderno se tornaria mundialmente famoso por conta do relato de uma menina judia, perseguida pelos nazistas, sobre a invasão alemã da Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial.
Anne começou a escrever no diário no dia 14 de junho de 1942. A primeira vez foi sobre a amizade, a escola e a falta que sentia de sua avó, que havia falecido recentemente. Além dessas questões familiares, Anne relatou a invasão nazista. O diário se tornou tão próximo, que ela o considerava uma amiga e o chamou de Kitty.
Na medida em que a perseguição nazista contra os judeus aumentava na Holanda, Anne registava seu medo e os planos da sua família de morar em um esconderijo. Otto ficava mais tempo em casa, pois havia perdido o trabalho de diretor de comércio por ser judeu.
O último registro de Anne em seu diário foi no dia 1º de agosto de 1944, três dias antes do seu esconderijo ser descoberto pelos nazistas.
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O esconderijo de Anne Frank
Os nazistas enviaram para a casa dos Frank uma carta convocando a filha mais velha, Margot, para que fosse enviada aos campos de trabalho forçados. Esse foi o instante em que Otto e Edith Frank perceberam que não poderiam mais permanecer onde estavam e precisavam se esconder. Contando com a ajuda de amigos próximos, os Frank se mudaram para um esconderijo montado na parte superior do armazém onde Otto trabalhava. Para não deixar pistas, um bilhete foi escrito avisando que eles haviam se mudado para a Suíça.
A partir do dia 6 de janeiro de 1942, os Frank se mudaram para o esconderijo. O espaço tinha três andares, com dois quartos, um banheiro e uma sala. Uma estante foi instalada na porta para evitar a entrada de estranhos ou dos nazistas. Depois da instalação da família Frank no esconderijo, outros amigos próximos também dividiram o espaço. Dois dias depois de se mudar para o esconderijo, Anne começou a relatar em seu diário essa mudança brusca em sua vida.
Ela ficou muito próxima de Peter Van Pels, um dos integrantes da outra família que se mudou para o esconderijo. Essa proximidade a animou, pois teria alguém com quem conservar. Não tardou para ela relatar em seu diário a paixão que sentia pelo rapaz e o medo de sua irmã também estar apaixonada e desapontá-la. Anne contou seus sentimentos para o seu pai, de quem era mais próxima.
Durante dois anos, os Frank ficaram escondidos e sem sair à rua. Amigos mais próximos os ajudavam entregando alimentos. Anne relatou seu medo ao ouvir o barulho de bombas do lado de fora e a necessidade de se fazer silêncio para que não se levantasse suspeita enquanto o armazém funcionava.
Prisão de Anne Frank
O esconderijo foi descoberto no dia 4 de agosto de 1944. Não se sabe como a polícia o descobriu, se foi por denúncia ou por uma coincidência. Todos os que estavam escondidos foram presos e levados para o campo de concentração de Westerbork, na Holanda. Edith Frank foi levada para Auschwitz, na Polônia, e morreu em 5 de janeiro de 1945.
Últimos anos e morte
Edith Frank foi levada para Auschwitz, na Polônia, e morreu em 5 de janeiro de 1945. Anne e sua irmã Margot foram enviadas para Bergen-Belsen, na Alemanha. Ambas morreram de tifo, e seus restos mortais foram enterrados em valas comuns.
Otto Frank foi o único sobrevivente dos que estavam no esconderijo. Ele foi levado para um hospital, em novembro de 1944, e libertado, em janeiro do ano seguinte, quando as tropas soviéticas libertaram a Holanda do julgo nazista. Ele se tornou um grande divulgador do diário da sua filha.
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