Os avanços e o fortalecimento da União Soviética no pós-guerra preocupavam os EUA, pois os soviéticos poderiam gerar uma série de dificuldades para o capitalismo estadunidense. Com isso a política norte-americana começou a mudar. Em discurso no congresso americano em 1947, o presidente Harry Truman esboçou de forma geral a nova política externa dos EUA. Essa nova formação tinha como objetivo frear a URSS e o comunismo e assumir a hegemonia na defesa implacável do ocidente, da democracia e do capitalismo.
Esse plano de ação ficou conhecido como Doutrina Truman e sua concretização aconteceu por meio do Plano Marshall, em 1947, sugerido pelo secretário de Estado norte americano, George Marshall. A estratégia contava com um ousado programa econômico de investimentos e recuperação, cuja principal meta era atender os países assolados pela Segunda Guerra Mundial. Graças à colaboração econômica e financeira dos EUA, os países foram reconstruídos, suas economias reestruturadas e voltaram a crescer. Internamente houve também um grande esforço dos Europeus no sentido de reconstruir seus países e implantar a democracia.
O Plano foi vitorioso, reergueu os países europeus e conteve os avanços da URSS e do Socialismo na Europa. Os únicos países que não congregaram com a Doutrina Truman foram Portugal (Ditadura Salazarista), Espanha (Ditadura Franquista) e Grécia (Governo de Coronéis). O programa também previa ajuda à União Soviética e aos países da Europa Oriental, mas desconfianças recíprocas já associadas à formação dos blocos antagônicos impediram que isso acontecesse. As divergências ocorridas no pós-guerra entre os aliados do Ocidente capitalista e a União Soviética impediram a instauração da paz. Assim, o mundo estava dividido, a intransigência das partes resultou no início da Guerra Fria.