Durante o período em que a Monarquia Portuguesa se transferiu para o Brasil, entre 1808 e 1821, Dom João VI (1767 - 1826) incentivou a produção artística, científica e cultural da colônia, e uma de suas medidas foi propiciar a vinda da Missão Artística Francesa ao território brasileiro. Entre os participantes da missão francesa se destacou o artista plástico Jean-Batist Debret (1768 - 1848).
Debret nasceu em Paris, França, e frequentou a Academia de Belas-Artes entre 1785 e 1789, onde recebeu influências do neoclassicismo francês, quando aluno de Jacques-Louis David (1748 - 1825). Trabalhou como pintor na corte de Napoleão, e em 1816 veio ao Brasil com a missão, passando a morar no Rio de Janeiro a partir de 1817.
Na capital da colônia ensinou pinturas em ateliês, e entre 1826 e 1831 passou a ministrar aulas de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes, função que exerceu em conjunto com viagens ao interior do Brasil, que resultaram na produção de um grande número de pinturas e gravuras sobre o cotidiano de vida na colônia. Em seus trabalhos procurou representar os tipos humanos, os costumes e as paisagens locais, dando especial destaque à vida dos escravos de origem africana.
Em 1831, Debret retornou à Paris, onde publicou, entre 1834 e 1836, o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, uma edição em três volumes ilustrada com litogravuras baseadas em suas aquarelas produzidas em suas observações e estudos no Brasil.
Abaixo segue algumas de suas obras.
O cotidiano da família brasileira no Rio de Janeiro
Escravidão no Brasil. Imagem do tratamento dado aos escravos
Debret pintou também ocasamento de Imperador Dom Pedro
Representação de um índio utilizando uma de suas armas
Debret buscou em suas viagens pintar os índios nativos do Brasil