A região Norte é a maior do Brasil e compreende os seguintes estados: Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre, Amapá, Pará e Tocantins. Com uma área de 3.870.000 km², essa região possui uma diversidade muito grande de elementos físico-naturais, destacando-se a floresta amazônica. Neste texto, abordaremos as particularidades dessa região nos aspectos relativos aos tipos de relevo predominantes.
Principais características do relevo da Região Norte
No relevo da região Norte, predominam as feições de depressão (com altitudes médias inferiores a 300 m), ligadas basicamente a processos erosivos. Encontram-se também planaltos na região norte de Roraima, na calha do rio Amazonas e na porção que corta o estado do Pará entre as depressões e as planícies. A altitude média das feições de depressão na região Norte varia entre 200 e 300 metros.
As principais depressões da Região Norte são: depressão marginal norte-amazônica, depressão marginal sul-amazônica, depressão amazônica ocidental, depressão do Araguaia e depressão do Tocantins.
Com altitudes mais elevadas, os planaltos representam a segunda feição mais recorrente da Região Norte, variando entre 400 m e 3000 m de altitude. Os principais planaltos são: Planalto da Amazônia Oriental, Planaltos residuais norte-amazônicos, Planaltos Residuais sul-amazônicos, Planaltos e Chapada dos Parecis, Planaltos e Serras de Goiás e Minas, Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraíba.
Nas áreas de planalto, encontram-se alguns dos picos mais elevados do Brasil, como o Pico da Neblina (2.993,78m) e o Pico 31 de Março (2.972,66), ambos localizados no Estado do Amazonas, na fronteira com a Venezuela. Ainda sobre os planaltos da Região Norte, destaca-se que nessa formação localizam-se importantes reservas minerais, como a Serra dos Carajás, rica em ferro, manganês, cobre e ouro.
Recentemente o Governo Federal (2017) tentou retirar a exclusividade da pesquisa e prospecção de minerais na reserva do Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados), uma extensa reserva mineral situada no nordeste da Amazônia, entre os estados do Pará e do Amapá, com a finalidade de “liberar” a área para possíveis extrações minerais. Depois de grande pressão nacional e internacional, o decreto que regulamentava essa liberação foi revogado. Na reserva do Renca, desde 1984, por força de lei, somente o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, pode atuar.
As planícies da Região Norte são as áreas de menor altitude e resultam de processos de sedimentação. Elas se situam na extensão das calhas dos Rios Amazonas, Tocantins e Guaporé. As principais feições de planície da Região Norte são: Planície do Rio Amazonas, Planície do Rio Araguaia, Planície do Rio Guaporé e Planícies Litorâneas.
Nas planícies, concentram-se as feições mais densas de vegetação e as áreas de alagamento. Nesses trechos de inundação, desenvolvem-se as matas de igapó (são formações vegetais adaptadas a terrenos alagadiços).