Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial se iniciou na metade do século XX e foi marcada pelo uso da informática e da internet, desenvolvimento tecnológico e globalização da economia.

Linhas de conexões sobre globo terrestre, em alusão à Terceira Revolução Industrial.
A Terceira Revolução Industrial possibilitou a conexão global, em uma rede de troca de informações, em tempo real.

Terceira Revolução Industrial é como é chamada a terceira etapa da Revolução Industrial, que se iniciou após a Segunda Guerra Mundial, ganhando força nas décadas de 1960 e 1970, quando a informática passou a se popularizar. Hoje podemos, de nossa casa, pagar contas do banco, fazer compras no exterior, realizar reuniões com pessoas que estão em diferentes lugares do globo, baixar e ler livros, escolher quais filmes ou músicas escutaremos, agendar ou realizar uma consulta médica, entre diversas outras ações que se tornaram possíveis graças à Terceira Revolução Industrial.

Essa fase foi responsável pela popularização do uso da informática, da internet, da robótica e de outras tecnologias que provocaram grande mudança na forma de os seres humanos viverem. Nela diversas tecnologias foram desenvolvidas, como os primeiros computadores, aviões a jato e foguetes.

A Guerra Fria, iniciada com o fim da Segunda Guerra Mundial, impulsionou o desenvolvimento tecnológico através da competição entre soviéticos e norte-americanos, e, nesse contexto, foram desenvolvidas as tecnologias que impulsionaram novamente a Revolução Industrial, como os computadores pessoais, telefones celulares, a internet e os satélites artificiais.

Leia também: Quais os motivos do pioneirismo inglês na Revolução Industrial?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Terceira Revolução Industrial

  • A Terceira Revolução Industrial ocorreu entre o final da Segunda Guerra Mundial e o fim da primeira década do século XXI, quando se iniciou a Quarta Revolução Industrial.
  • A informática, a internet e a robótica são algumas das tecnologias que se popularizaram durante a Terceira Revolução Industrial.
  • Durante a Terceira Revolução Industrial ocorreu a automação da produção industrial com a utilização de robôs e da informática.
  • A Terceira Revolução Industrial aumentou consideravelmente a expectativa de vida da população mundial, graças ao desenvolvimento de novas vacinas, medicamentos e o transplante de órgãos.
  • Na agricultura a Terceira Revolução Industrial aumentou consideravelmente a produção graças à mecanização, transgenia, clonagem, novos fertilizantes e defensivos agrícolas.
  • O processo de globalização da economia se aprofundou durante a Terceira Revolução Industrial.
  • O Estado de bem-estar social foi adotado pela maior parte dos países capitalistas no início da Terceira Revolução Industrial. A partir da década de 1980 o neoliberalismo passou a ser gradativamente adotado por essas nações.

Videoaula sobre Terceira Revolução Industrial

O que foi a Terceira Revolução Industrial?

A Terceira Revolução Industrial é uma das fases da Revolução Industrial, também chamada de terceira fase da Revolução Industrial. Cada fase é marcada pelo uso de determinadas tecnologias que influenciam diretamente na forma de os seres humanos viverem. A Terceira Revolução Industrial se iniciou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e se estendeu até a primeira década do século XXI, quando se iniciou a Quarta Revolução Industrial.

Os pesquisadores que defendem essa periodização da Revolução Industrial argumentam que a popularização dos smartphones, na década de 2010, modificaram novamente a vida humana no planeta. Muitos historiadores defendem que ainda hoje vivemos na Terceira Revolução Industrial, argumentando que as mudanças não foram tão drásticas de modo a caracterizar uma nova fase da Revolução Industrial.

A Terceira Revolução Industrial também é chamada de Revolução Técnico-Científico-Informacional, pois foi nela que os computadores pessoais, internet, satélites, foguetes e smartphones se popularizaram, transformando radicalmente a forma como os seres humanos vivem.

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Contexto histórico da Terceira Revolução Industrial

Antes da Revolução Industrial os bens eram produzidos artesanalmente ou em manufaturas, locais onde diversos artesãos trabalhavam de forma colaborativa com o uso de ferramentas simples. O grande invento que possibilitou o início da Revolução Industrial foi o motor a vapor, aperfeiçoado e popularizado por James Watt em meados do século XVIII.

O motor a vapor passou a ser utilizado na mineração, principalmente para o bombeamento de água nas minas, e nas fábricas do setor têxtil para movimentar as novas máquinas que surgiram no período, como máquinas de fiar, descaroçadores e teares mecânicos.

A Primeira Revolução Industrial, também chamada de primeira fase da Revolução Industrial, se estendeu por um século, de meados do século XVIII até meados do século XIX. A locomotiva a vapor, o principal invento nos transportes nessa fase da revolução, reduziu drasticamente as distâncias e aumentou substancialmente a capacidade de transporte de pessoas e mercadorias pelos continentes.

A Segunda Revolução Industrial ocorreu entre metade do século XIX e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nessa fase foram desenvolvidos o gerador elétrico, o motor elétrico e o motor à combustão interna. Esses inventos possibilitaram o desenvolvimento de diversas tecnologias que modificaram mais uma vez a forma de o ser humano viver, como a lâmpada elétrica, o telégrafo, o telefone, o automóvel, a fotografia, o avião, entre muitas outras.

A Terceira Revolução Industrial, ou terceira fase da Revolução Industrial, iniciou no pós-guerra, momento no qual Estados Unidos e União Soviética iniciaram a Guerra Fria, conflito político e ideológico entre as duas superpotências. Foi nesse contexto de fim da Segunda Guerra Mundial e início da Guerra Fria que a Terceira Revolução Industrial começou.

Veja também: Como foi a corrida armamentista entre EUA e URSS na Guerra Fria

Quais as causas da Terceira Revolução Industrial?

A Segunda Guerra Mundial levou a grandes investimentos estatais na pesquisa de novas tecnologias, inicialmente para uso militar, mas que após a guerra passaram a fazer parte do nosso cotidiano. Durante o conflito mundial foi desenvolvido o primeiro avião a jato, assim como os primeiros foguetes, computadores, o radar e o forno micro-ondas. Nos últimos dias da guerra a humanidade conheceu o poder atômico com as duas bombas jogadas sobre o Japão.

Após o fim da Segunda Guerra, Estados Unidos e União Soviética iniciaram a Guerra Fria e uma verdadeira competição tecnológica, o que impulsionou inicialmente a Terceira Revolução Industrial. A Corrida Espacial, travada durante a Guerra Fria, é um bom exemplo de como a competição entre Estados Unidos e União Soviética contribuiu para o desenvolvimento tecnológico.

Levar o ser humano ao espaço envolveu o desenvolvimento de diversas tecnologias, como foguetes, novos materiais, combustíveis, GPS, computadores, entre tantas outras.

Características da Terceira Revolução Industrial

→ Fontes de energia na Terceira Revolução Industrial

Dois inventos da Segunda Revolução Industrial foram largamente utilizados na Terceira Revolução Industrial, o dínamo e o motor a combustão interna. O dínamo, também chamado de gerador elétrico, transforma a energia mecânica em energia elétrica. Ela ilumina e movimenta as megalópoles mundiais e possibilita o funcionamento de computadores, smartphones, robôs e outros dispositivos da Terceira Revolução Industrial.

Mas, para movimentar os geradores, os principais combustíveis utilizados durante a Terceira Revolução Industrial foram o petróleo, o carvão e o gás natural, todos eles combustíveis não renováveis e extremamente poluentes. Segundo dados da Universidade da Pensilvânia, em 2010, 81% da energia utilizada no mundo provinha dessas três fontes.

Os combustíveis fósseis também movimentaram a maior parte dos meios de transporte da Terceira Revolução Industrial, como automóveis, caminhões, navios e aviões. Eles aumentaram consideravelmente a poluição atmosférica.

Por outro lado, durante a Terceira Revolução Industrial, formas mais sustentáveis de gerar energia elétrica foram desenvolvidas, como usinas eólicas, hidrelétricas, solares, maremotrizes e geotérmicas. O desenvolvimento do painel fotovoltaico, nos Estados Unidos na década de 1950, revolucionou a forma de produzir energia elétrica, gerando-a sem a necessidade de um dínamo.

Durante a Terceira Revolução Industrial alguns países desenvolvidos conseguiram reduzir suas emissões de gases e despoluir seus rios. Um exemplo disso foi a Inglaterra, berço da Revolução Industrial. No século XX, graças a políticas de Estado e colaboração da população, o rio Tâmisa foi despoluído e a poluição atmosférica de Londres foi reduzida significativamente.

→ Transportes na Terceira Revolução Industrial

  • Foguete

O foguete foi desenvolvido pela Alemanha nazista no final da Segunda Guerra Mundial e foi utilizado unicamente como arma de guerra. O primeiro foguete, o V2, foi criado pela equipe de Wernher von Braun, major da Alemanha nazista. Após a guerra, Von Braun foi levado para os Estados Unidos e se tornou diretor da Nasa, a agência espacial desse país, ajudando-a a desenvolver seus foguetes. Durante a Corrida Espacial diversos foguetes foram construídos, inclusive o Saturno V, foguete que lançou a Missão Apollo 11 ao espaço.

Dois foguetes Starship desenvolvidos na Terceira Revolução Industrial.
Foguetes Starship fotografados em 2021, no Texas.[1]

No final da Terceira Revolução Industrial diversas empresas de tecnologia aeroespacial foram fundadas, como a Virgin Galactic, Space X e Blue Origin. Essas empresas vendem os mais variados serviços, como a instalação de satélites em órbita e o turismo espacial.  No início do século XX, a Space X desenvolveu o foguete Starship, primeiro foguete reutilizável, o que reduziu o custo de lançamento de foguetes e abriu as portas para a popularização do seu uso.

  • Avião a jato

Os primeiros aviões a jato foram criados pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1958, o Douglas DC-8 se tornou o primeiro jato de passageiros a operar regularmente. Antes dos jatos, a velocidade média dos aviões era de 400 km/h; os jatos comerciais passaram a voar a mais de 900 km/h, reduzindo o tempo de viagem de pessoas e mercadorias pelo globo.

Avião Douglas DC-8, desenvolvido durante a Terceira Revolução Industrial.
Avião Douglas DC-8, da companhia aérea Delta, em 1959.[2]
  • Trem de alta velocidade

O primeiro trem-bala foi inaugurado no Japão, em 1974, e ligava as cidades de Osaka e Tóquio. Um trem-bala se locomove a mais de 210 km/h; atualmente a maioria deles, na Europa e Ásia, movimenta-se a mais de 300 km/h. Em 2001, na China, passou a operar o primeiro trem de levitação magnética, conhecido como Maglev; em testes ele atingiu mais de 500 km/h.

Trem-bala sobre trilhos, na China, em texto sobre Terceira Revolução Industrial.
Maglev chinês deixando a estação da cidade de Xangai.

→ Economia na Terceira Revolução Industrial

A terceira fase da Revolução Industrial foi marcada pelo aprofundamento da globalização econômica, processo no qual os países estão conectados em uma grande rede global que conecta seres humanos e empresas. Esse processo também ampliou as desigualdades econômicas globais e regionais.

Após a Segunda Guerra Mundial, diversas empresas industriais, comerciais e de prestação de serviços dos países de economia capitalista passaram a abrir filiais em outros países, no processo conhecido como internacionalização do capital e da produção. Essas empresas buscavam novos mercados consumidores, matérias-primas e mãos de obra mais baratas, assim como impostos menores.

Em 1944 foram realizados os Acordos de Bretton Woods, responsáveis pela criação do sistema monetário internacional, que passou a utilizar como lastro o dólar norte-americano. Nesses acordos foram fundados ainda o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial; em 1995, foi fundada a Organização Mundial de Comércio. Todas essas instituições foram importantes para integrar a economia dos diversos países do globo.

Durante o início da Terceira Revolução Industrial os países da América do Norte e os países capitalistas da Europa Ocidental adotaram um Estado de bem-estar social que almejava garantir a qualidade de vida da população e o pleno emprego através de importante intervenção estatal na economia. Nesse período os trabalhadores conquistaram diversos direitos trabalhistas e adquiriram um alto padrão de vida no mundo desenvolvido. A garantia da qualidade de vida da população era uma forma de afastar os trabalhadores do comunismo e do mundo soviético.

Nas décadas finais da Terceira Revolução Industrial, após o colapso da União Soviética, o Estado de bem-estar social perdeu espaço para o neoliberalismo, marcado pela redução do Estado, dos serviços públicos ofertados e pela perda de direitos trabalhistas.

Outra característica da Terceira Revolução Industrial foi a da criação de blocos econômicos formados entre diversas nações, criando mercados com isenção fiscal. A União Europeia, o Mercosul e o Nafta são alguns dos blocos fundados no período. Os críticos da globalização e da Terceira Revolução Industrial defendem que elas aumentaram as desigualdades entre as nações e também são processos excludentes, uma vez que parte da população mundial não tem acesso às suas tecnologias.

Países que se destacaram na Terceira Revolução Industrial

Inicialmente Estados Unidos e União Soviética foram as duas potências da Terceira Revolução Industrial, mas a partir da década de 1970, devido aos elevados gastos militares, a União Soviética reduziu seus investimentos em pesquisa, o que diminuiu o protagonismo soviético na Terceira Revolução Industrial.

Com auxílio inicial do Plano Marshall, Alemanha Ocidental e Japão também foram países de destaque na Terceira Revolução Industrial, desde os seus anos iniciais. Atualmente a Alemanha possui a maior economia da Europa, e o Japão é uma das principais do mundo.

Na década de 1970 a China socialista passou a abrir sua economia e realizou diversas reformas, entre elas a educacional e econômica. No período final da Terceira Revolução Industrial a China era a segunda maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Invenções da Terceira Revolução Industrial

→ Informática

Os primeiros computadores elétricos foram desenvolvidos durante a Segunda Guerra Mundial, como o computador desenvolvido pela equipe de Allan Turing, no Reino Unido, e o Eniac, desenvolvido pelos norte-americanos durante a guerra e apresentado ao público em 1946.

Na década de 1960 computadores pessoais passaram a ser produzidos, mas eles eram muito caros e poucas unidades foram vendidas. Em 1977 foi lançado o Apple II, primeiro computador pessoal a ser vendido em larga escala e considerado o responsável pela popularização dos computadores nos Estados Unidos.

Apple II, computador produzido na Terceira Revolução Industrial.
Apple II, computador pessoal produzido na década de 1970.

→ Internet

A Arpanet, ou “Rede da Agência para Projetos de Pesquisa Avançada” é considerada o embrião do que chamamos atualmente de internet. A rede foi desenvolvida no final da década de 1960 por militares norte-americanos, no contexto da Guerra Fria. O objetivo da Arpanet era a transmissão rápida de dados entre universidades e os centros de pesquisas militares dos Estados Unidos.

→ Smartphone

No início da década de 1990 a IBM lançou o Simon Personal Communicator, considerado o primeiro smartphone. Além do telefone, o dispositivo da IBM permitia o envio de mensagens eletrônicas e de fax.  Em 2007 a Apple lançou o Iphone I, e no ano seguinte o Google desenvolveu seu sistema operacional para smartphones, o Android. Foi a partir desse momento que o uso de smartphones passou a se popularizar em todo o mundo.

Aparelho IBM Simon, produzido na Terceira Revolução Industrial.
Simon Personal Communicator, da IBM, considerado o primeiro smartphone.

→ Transgenia

Em 1973 os pesquisadores Stanley Cohen e Herbert Boyer criaram o primeiro organismo modificado geneticamente, uma bactéria que continha genes de outra bactéria. A transgenia possibilitou o aumento da produção de alimentos. Segundo a Embrapa, atualmente 92% da soja produzida atualmente no Brasil é transgênica, 90% do milho e 47% do algodão.

→ Transplantes de órgãos

Foi em 1954 que o médico Joseph Murray realizou o primeiro transplante de órgão vital em seres humanos quando transplantou o rim de um irmão gêmeo para o outro. Em 1963 foi realizado o primeiro transplante de fígado e em 1967, o primeiro transplante de coração pela equipe do cirurgião sul-africano Christiaan Barnard. Na década de 1980, graças a novos imunossupressores, diversos outros órgãos passaram a ser transplantados.

→ Robótica

Na Terceira Revolução Industrial, diversos robôs foram desenvolvidos para atuar nas mais diferentes áreas, como produção industrial, medicina, educação, exploração oceânica, entre diversas outras. Em 1961 o Unimate passou a ser utilizado nas fábricas da General Motors, sendo considerado o primeiro robô industrial.

Quais as consequências da Terceira Revolução Industrial?

Durante a segunda fase da Revolução Industrial, o modelo de produção industrial predominante foi o fordista, chamado também de sistema taylorista. Nesse modelo os produtos são produzidos em uma esteira rolante, com cada funcionário sendo responsável por uma pequena etapa do processo de produção.

Esse modelo possibilita a produção em grande quantidade e com certa uniformidade do que era produzido. Mas o modelo viabilizava apenas a produção padronizada, sem permitir variedade do que era produzido. O modelo exigia ainda grandes áreas destinadas a estoques de matéria-prima e das mercadorias que seriam vendidas.

No início da terceira fase da Revolução Industrial um novo modelo passou a ser utilizado no Japão, o toyotismo, chamado também de produção just in time, modelo utilizado primeiramente na indústria automotiva. Nesse modelo de produção o cliente escolhe as características do seu automóvel na compra, como cor, estilo do para-choque, modelo dos bancos, entre diversas outras opções.

A produção se inicia assim que o cliente compra o automóvel. Isso é possível pela rapidez com a qual as informações chegam à montadora, e dela com suas fornecedoras, e pela capacidade de adaptação na linha de produção. A montadora só recebe as peças necessárias para a produção do carro após a compra e o entrega ao cliente assim que o automóvel fica pronto, sem necessitar de grandes áreas para estoque.

Saiba mais: Crise dos mísseis em Cuba — causas e efeitos do momento de maior tensão da Guerra Fria

Quarta Revolução Industrial

Quarta Revolução Industrial é a fase da Revolução Industrial iniciada na década de 2010 e marcada pela popularização dos smartphones, impressoras 3D, inteligência artificial, drones, entre outras tecnologias. Klaus Schwab, economista alemão, fundador do Fórum Econômico Mundial, foi um dos primeiros a defender que vivemos atualmente o início de uma nova fase da Revolução Industrial.

Impressoras 3D produzido molde em texto sobre Terceira Revolução Industrial.
Tecnologias como das impressoras 3D fazem parte da Quarta Revolução Industrial.

Em sua obra “A Quarta Revolução Industrial”, Schwab defende que essas novas tecnologias criaram um mundo no qual os sistemas de fabricação virtual e físico cooperam entre si de uma forma flexível e global. Na sua visão iniciamos uma era que será marcada pela inteligência artificial, energia limpa e transporte global por veículos autônomos.

Exercícios resolvidos sobre Terceira Revolução Industrial

1 - (Unifal 2008) Assinale a alternativa correta a respeito da tendência cada vez mais forte da internacionalização do comércio e da globalização.

a) Criaram-se mercados comuns entre grupos de nações, chamados de megablocos ou blocos regionais.

b) Os imensos mercados internacionais ou “blocos comerciais” reforçam as economias locais.

c) Os blocos comerciais ampliam as trocas de mercadorias apenas entre os países-membros, excluindo o comércio com as demais nações.

d) Os blocos comerciais diminuem suas relações com o restante do mundo, à medida que fortalecem sua unidade econômica e política.

e) As relações entre os países-membros dos blocos comerciais não envolveram sucessivos tratados para a unificação econômica.

Alternativa A

Durante a Terceira Revolução Industrial ocorreu a fundação de megablocos, entre eles a União Europeia e o Nafta.

2 - (Ufscar) A Terceira Revolução Industrial gerou mudanças profundas na configuração espacial do mundo, a qual o geógrafo Milton Santos denominou meio técnico-científico-informacional. Sobre essas mudanças, são feitas quatro afirmações. Analise-as.

I. O avanço do sistema de comunicações e de informática permitiu uma organização do espaço geográfico através de redes, que ampliam os fluxos possíveis, mesmo sem a fixação concreta das atividades produtivas em muitos pontos do espaço.

II. Apesar de a ciência, a técnica e a produção estarem irregularmente distribuídas no espaço geográfico, as inovações tecnológicas estão disponíveis para todos, visto que elas transitam em fluxos que circulam por todo o mundo.

III. Embora a ampliação das relações internacionais, entre países da economia capitalista, tenha se iniciado há alguns séculos, essas mudanças alteraram o ritmo das interações espaciais, aumentando as trocas de mercadorias e a difusão de hábitos de consumo.

IV. A organização do espaço, através de redes, permitiu uma distribuição multiterritorial das atividades produtivas, gerando maior equilíbrio entre nações ricas e pobres, na divisão internacional do trabalho.

Estão corretas as afirmações:

a) I, II, III e IV.

b) I, II e III, apenas.

c) II, III e IV, apenas.

d) I e III, apenas.

e) II e IV, apenas.

Alternativa D

A Terceira Revolução Industrial e a globalização conectaram o planeta em uma rede de troca de informações, mercadorias e capital. Por outro lado suas inovações tecnológicas não são acessíveis a todas as pessoas e aumentou as desigualdades entre as nações ricas e pobres.

Créditos das imagens

[1] luckyluke007/ Shutterstock

[2] Wikimedia Commons

Fontes

HOBSBAWN, E. A Era das Revoluções. Editora Paz e Terra, São Paulo, 2012.

MENEGUELLO, C.; DECCA, E. S. Fábricas e homens: Revolução Industrial e o cotidiano dos trabalhadores. Editora Atual, São Paulo, 2019.

TEIXEIRA, F. M. P. Revolução Industrial. Editora Ática, São Paulo, 2019.

SCHWAB, K. A Quarta Revolução Industrial. Editora Edipro, São Paulo, 2018.

Por: Jair Messias Ferreira Junior

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