Hoje a ciência considera que a idade da Terra seja de 4,54 bilhões de anos, ou seja, desde a sua formação até os dias atuais, quatro bilhões e meio de anos teriam se passado, o que fez com que o relevo se formasse, bem como todos os elementos da natureza, incluindo as diferentes formas de vida. Mas é possível que esse valor não seja verdadeiro, pois existe certa margem de erro para essa datação. A possibilidade principal é a de que o planeta seja ainda mais velho.
As últimas estimativas sobre a idade do planeta foram realizadas a partir da datação absoluta dos minerais e fragmentos de rochas mais antigos até hoje encontrados. Esse cálculo é feito a partir da análise em átomo de urânio, que se transformam em chumbo e libera radiação. Durante o tempo chamado de “meia-vida”, resta metade do urânio anteriormente existente, que diminui pela metade em uma nova meia-vida e assim sucessivamente.
Mesmo assim é muito difícil precisar exatamente a idade do planeta Terra apenas com esse método. Isso ocorre porque a litosfera terrestre é um elemento bastante dinâmico, que está sempre em transformação, principalmente pelo ciclo das rochas, que faz com que elas se renovem. Provavelmente, as rochas originais da Terra não existem mais.
Por esse motivo, as datações são feitas não com rochas terrestres, mas com fragmentos de meteoritos que atingiram o planeta, uma vez que a teoria atual de formação do sistema solar considera que todos os planetas formaram-se em conjunto e em uma mesma época. É possível que, com o avanço nas pesquisas e coleta de informações sobre outros planetas do sistema solar que não apresentam atividades tectônicas e outros processos de transformação do relevo (como é o caso de Marte), novas evidências sobre a idade da Terra sejam encontradas.
Em tempos anteriores, quando os estudos científicos não eram tão avançados e técnicas como a datação acima citada não eram possíveis, pois não se sabia da existência da radiação, outras estratégias eram utilizadas para a medição da idade do planeta. Durante a idade média, por exemplo, o Arcebispo James Ussher estimou, com base nos relatos bíblicos, que a Terra teria 6.000 anos.
Posteriormente, outros métodos foram desenvolvidos, incluindo a investigação sobre quanto tempo o mar teria levado para ficar salgado, o tempo de perda de calor pelo planeta ao longo da história e até o cálculo sobre o período de sedimentação das praias. No entanto, em todos esses métodos, a Terra não teria mais de 100 milhões de anos, o que dificultava muitos dados científicos, como algumas teorias sobre a composição das rochas e até os estudos de Darwin, que exigiam o pressuposto de que a Terra fosse mais antiga.