A produção de etanol no Brasil, atualmente, ocorre em larga escala, e o país é o segundo maior produtor mundial de álcool combustível, atrás apenas dos Estados Unidos. No entanto, diferentemente dos norte-americanos, o etanol brasileiro é feito a partir do beneficiamento da cana-de-açúcar. Por lá, o desenvolvimento acontece a partir do milho, considerado menos eficiente por exigir uma maior área de plantio.
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História da produção de etanol no Brasil
A história do etanol no Brasil remonta ao início do século XX, mais especificamente à década de 1920, quando as primeiras experiências de desenvolvimento de álcool combustível foram realizadas. Na década seguinte, o Governo Vargas criou o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), além de instituir a adição de etanol na gasolina.
Mais tarde, no ano de 1975, foi dado um dos passos mais importantes para a evolução da produção de álcool combustível no Brasil: a criação do Programa Nacional do Álcool, o Pró-Álcool. O objetivo desse programa era diminuir a dependência do país em relação ao petróleo, o qual o país importava cerca de 80% do que consumia. Além disso, essa era uma resposta do país ao recente Choque do Petróleo, quando os países árabes membros da Opep (Organização dos Países Exportadores do Petróleo) elevaram subitamente o preço do barril do produto em represália aos resultados da Guerra do Yom Kippur contra Israel.
Embora o Pró-Alcool tenha sido considerado importante para o país durante o período de sua implantação, o etanol ainda não era econômica e tecnologicamente competitivo no mercado internacional, necessitando de um grande volume de subsídios e incentivos fiscais por parte do governo. Na década de 1990, o governo Collor de Mello, com o objetivo de cortar gastos, retirou esses subsídios e extinguiu o IAA criado por Vargas.
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Fatores que ocasionaram o reaquecimento da produção de etanol
Alguns anos mais tarde, o etanol no Brasil começou a ganhar força novamente por meio da combinação de uma série de fatores:
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criação dos carros flex (bicombustíveis);
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reformulação do combustível diante do antigo problema recorrente de corrosão dos motores pelo álcool;
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difusão das teorias científicas do aquecimento global e dos impactos causados pela queima de combustíveis fósseis;
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investimentos públicos e privados em biotecnologia e, portanto, em biocombustíveis.
Atualmente, o Brasil, além de ser um grande exportador, também destina uma considerável parte de sua produção para o mercado interno.
Um dos efeitos geográficos da expansão do etanol materializou-se no campo, pois houve expansão das culturas de cana-de-açúcar, que passaram a rivalizar com as monoculturas de soja e também a pressionar a expansão da fronteira agrícola para o interior do país, primeiramente sobre o Cerrado e agora sobre a Amazônia. Entre os estados, os principais produtores de cana voltada ao etanol são, respectivamente, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.