A População Economicamente Ativa – PEA – é a porção da população que está com idade e em condições de trabalho, estando empregada ou, de alguma forma, procurando por emprego. A PEA corresponde, dessa forma, à faixa populacional responsável pela produção de riquezas a partir do trabalho, com remuneração especificamente voltada para o cumprimento de suas atividades.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide a PEA em dois tipos, a população ocupada e a população não ocupada. A população ocupada corresponde ao grupo de pessoas que exerce alguma atividade remunerada, devidamente comprovada. Já a população não ocupada equivale às pessoas que não trabalham e que procuram por emprego.
Em contrapartida à PEA, existem as crianças, os idosos e aqueles aposentados por algum tipo de invalidez ou limitação, bem como a faixa da população que não deseja procurar emprego, mesmo dispondo de todas as condições para tal. Esse grupo corresponde à População Economicamente Inativa ou, mais precisamente, População Não Economicamente Ativa (PNEA).
Há uma discussão, no plano internacional, sobre a faixa de idade que comporia a PEA. Para alguns países, em geral os subdesenvolvidos (incluindo o Brasil), a população economicamente ativa seria composta pelas pessoas entre 10 e 60 anos de idade. Já outros países consideram a PEA na faixa entre os 15 e 60 anos.
Segundo dados do IBGE, a população economicamente ativa do Brasil é de 51%. Dividindo essa população entre os setores da economia, há a seguinte distribuição: 20% para o setor primário, 21% para o setor secundário e 59% para o setor terciário, o que evidencia a tendência atual de concentração de empregos na área de serviços e comércio.
Dividindo os dados por gênero, 66,4% dos habitantes do sexo masculino do Brasil compõem a PEA, número esse que cai para 49% em relação aos habitantes do sexo feminino, conforme aponta o Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A principal utilidade das informações sobre a População Economicamente Ativa é a obtenção de dados sobre o real nível de desemprego existente no país, ou seja, aquele que envolve o grupo de pessoas que possui condições de trabalho, mas não consegue emprego. Além disso, é possível estabelecer inúmeras outras conclusões, como a menor presença da mulher no mercado de trabalho e a idade média de inclusão do jovem no meio trabalhista.