A China é mundialmente conhecida por possuir o maior contingente populacional do planeta. Ao todo, são quase 1 bilhão e meio de pessoas, o que representa um quinto da população mundial. Por esse motivo, os fatores demográficos tornaram-se um grande desafio para o governo chinês.
O grande motor para o elevado crescimento populacional da China, durante o século XX, foi a redução das taxas de mortalidade. Da década de 1930 até a década de 1980, o número de chineses dobrou, o que gerou uma grande preocupação por parte do governo do Partido Comunista.
O alarde ecoou já na década de 1970, quando os dados já registravam crescimentos anuais elevados. Assim, a partir desse período, o poder público adotou rigorosas medidas de controle de natalidade, o que vem surtindo efeito nos últimos anos.
De acordo com as leis chinesas, cada casal só pode ter um filho. Para ter mais do que isso, os pais precisam de uma autorização especial do governo que só costuma ser concedida em alguns casos raros, todos efetuados quando os filhos são do sexo masculino. Com isso, as taxas de aborto são elevadas, principalmente quando as gravidezes são de bebês do sexo feminino. A principal argumentação é a de que o homem rende mais produtividade no mercado de trabalho e de que, com menos mulheres, procria-se menos, portanto, a população cresce menos.
Atualmente, o número de habitantes da China cresce apenas 0,9% ao ano. Para se ter uma ideia, os países que mais crescem no mundo o fazem em um taxa de 3% ao ano, ou seja, três vezes mais. De acordo com vários analistas, a população da China deve ser ultrapassada pela Índia em duas décadas, pois a população indiana atualmente cresce em uma taxa de 1,8% ao ano.
Existe, no entanto, certa polêmica em torno das políticas chinesas de controle da natalidade. Na década de 1990, um grupo de repórteres do canal de televisão inglês BBC infiltrou-se secretamente no território da China e registrou cenas de horror, em que crianças (a maioria mulheres) recém-nascidas, ou ainda muito novas, eram tiradas de seus pais e hospedadas em orfanatos, onde eram simplesmente abandonadas até morrerem de fome ou de doenças oriundas da falta de higiene. Os registros constituíram um documentário intitulado “China: Os Quartos da morte”. O governo nega as acusações.
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